Promotoria solicita aumento de pena para autor do crime de homicídio de torcida do Palmeiras

Ministério Público apela contra sentença de 14 anos para Jonathan Messias, condenado pelo homicídio de Gabriella Anelli.

29/05/2025 16h21

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(Imagem de reprodução da internet).

O Ministério Público de São Paulo interpôs apelação contra a sentença que condenou Jonathan Messias Santos da Silva a 14 anos de prisão pelo homicídio de Gabriella Anelli. O recurso foi protocolado na terça-feira (27.mai.2025).

Gabriela, torcedora do Palmeiras, faleceu em julho de 2023 após ser ferida no pescoço por fragmentos de garrafa durante uma briga entre torcedores próximos ao Allianz Parque, antecedendo o jogo entre Palmeiras e Flamengo.

O promotor avalia a pena determinada pelo tribunal do júri em 21 de maio como inadequada considerando a natureza do delito. A família da vítima, que atua como assistente de acusação, também apresentou argumentos adicionais no recurso.

O Ministério Público ressaltou que Jonathan alterou suas vestimentas no local, em busca de disfarce, e o efeito psicológico nocivo sofrido pelos pais da vítima. Solicita-se a remoção da atenuante de confissão fática do processo judicial.

Conforme o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Jonathan foi apontado como o responsável pelo lançamento da garrafa. Ele permanece preso preventivamente desde agosto de 2023, aproximadamente um mês após o ocorrido. A sentença foi determinada pela maioria dos sete jurados do tribunal do júri.

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A defesa também informou que irá recorrer da decisão. Durante o julgamento, os advogados afirmaram que não havia testemunhas, imagens ou provas materiais que ligassem diretamente o réu ao objeto que causou a morte. Jonathan chorou em diversos momentos do depoimento. Ele admitiu ter lançado uma garrafa que se quebrou ao atingir um portão, mas disse não saber se os estilhaços que atingiram Gabriella vieram desse objeto.

Os pais da jovem se transferiram para Curitiba no final de 2024, residindo ali com o filho, a esposa dele e dois netos. Viajaram até São Paulo para participar do julgamento. Relatos indicam que seria o primeiro jogo que Gabriella assistiria ao lado dos pais em um estádio.

Com o início da partida, a conexão telefônica ficou instável, dificultando o contato. A família só foi informada sobre a hospitalização da jovem após o término do jogo. Dois anos após o ocorrido, os pais relatam que continuam em tratamento psiquiátrico para depressão e lidam com episódios frequentes de pânico e ansiedade.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.