Motta solicita participação de Lula em debate sobre IOF

Líder da Câmara defende ações mais “sustentadoras” do governo e afirma que o país não suporta o incremento de impostos.

29/05/2025 14h31

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se envolvcesse nas discussões sobre possíveis soluções para evitar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Motta proferiu a declaração após uma reunião com líderes partidários para discutir alternativas à forma de governo, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O presidente deve analisar essa situação para que o governo possa apresentar alternativas. E o que estamos defendendo? Que haja medidas mais estruturadas, para que o Brasil enfrente o que é necessário. Para que possamos entrarmos em um momento de maior responsabilidade fiscal, declarou o congressista a jornalistas.

Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), estabeleceram um prazo de 10 dias para Haddad revogar o aumento do IOF. Caso até 10 de junho nada seja realizado, a Câmara votará um projeto de decreto legislativo que anula a medida da equipe econômica.

Foi emitido o ultimato em reunião na noite de quinta-feira (28 de maio) na residência oficial da Câmara.

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O ministro Haddad projetou uma arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025. Já Motta afirmou que o governo só apresentará propostas com aumento de receita, sem reavaliar os gastos.

A Câmara não faltou em momento algum com as medidas enviadas pelo Ministério da Fazenda e pelo governo e que foram aprovadas. Essa posição em relação ao IOF se deve ao fato de que, há dois anos e cinco meses, todas as medidas que chegaram visaram ao aumento de arrecadação. Não chegaram medidas que revisavam despesas, afirmou o presidente da Câmara.

Ao ser questionado por jornalistas sobre a viabilidade de Haddad buscar o STF (Supremo Tribunal Federal) em face de uma eventual derrubada do decreto pelo Congresso, Motta declarou que seria a “decisão mais equivocada”.

Buscar reverter a posição do Congresso parece ser a decisão mais equivocada. Se o governo pretende resolver uma questão decisória do Parlamento com o Poder Judiciário, isso agrava significativamente o ambiente na Casa, declarou o deputado.

Fonte: Poder 360

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.