Moraes e PGR não questionaram Tarcísio durante o período de oito minutos
O governador de São Paulo testemunhou rapidamente, afirmando que o ex-presidente nunca mencionou o assunto de um golpe.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ofereceu um relato conciso de oito minutos como testemunha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento, conduzido remotamente, representou um momento relevante para ambos os envolvidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A relevância de um ponto do depoimento reside na ausência de questionamentos por parte do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Essa omissão foi entendida como um resultado favorável para o governador, especialmente considerando que em outras ocasiões, Moraes tem demonstrado uma postura mais assertiva com as testemunhas.
Durante seu depoimento, Tarcísio de Freitas manteve a narrativa já apresentada publicamente. Ele declarou que Bolsonaro estava “triste e resignado” após a derrota nas eleições e reiterou que nunca ouviu falar em tentativa de golpe ou qualquer medida antidemocrática.
LEIA TAMBÉM:
● É vedada a publicação de imagens de pessoas vítimas de crimes ou acidentes
● Congresso reduz agenda e alivia governo diante de pressão do IOF
● Estados Unidos consideram enviar carta a Alexandre de Moraes e avaliam sanção, segundo fontes
Revelações indicaram que Bolsonaro teria conversado com o ex-vice Hamilton Mourão antes do depoimento deste último. Essa informação motivou o PT a solicitar à PGR a abertura de uma investigação sobre o caso.
A avaliação de advogados criminalistas sobre o caso indica que, caso seja comprovado que Bolsonaro orientou Mourão sobre seu depoimento, isso poderia gerar consequências legais. Ressalta-se que o ex-presidente já está sujeito a medidas cautelares que o impedem de se comunicar com alguns dos investigados no processo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A relação entre Bolsonaro e Mourão durante o governo foi caracterizada por distanciamento e desconfiança mútua. Essa dinâmica se manifestou em declarações do delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que alegou um suposto monitoramento para apurar possíveis encontros entre Mourão e o ministro Alexandre de Moraes.
O desenvolvimento desses eventos e suas possíveis consequências jurídicas segue-se de perto, conforme as investigações sobre os fatos pós-eleitorais de 2022 avançam no âmbito do Supremo Tribunal Federal.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.