Itaúsa planeja elevar o investimento no seu portfólio existente a partir de 2027

A Itaúsa identifica maior potencial para expandir sua atuação em empresas de seu portfólio nos próximos dois anos, ao mesmo tempo que continua avaliando novos setores, como a cadeia do agronegócio, onde não possui presença atualmente, afirmou o presidente-executivo da companhia, Alfredo Setubal, na terça-feira (12).

“Estamos muito satisfeitos com nosso portfólio”, declarou Setubal em reunião com analistas e investidores na terça-feira (12) após a divulgação dos resultados do segundo trimestre da holding que controla o Itaú Unibanco e possui participações em diversas empresas, como Motiva e Aegea.

“Atualmente, temos mais probabilidade de aumentarmos investimentos nos negócios que já possuímos”, acrescentou o executivo, citando 2027 como um prazo possível, pois seria o ano em que entrariam em vigor mudanças tributárias que reduziriam ineficiências tributárias da Itaúsa, com o fim da incidência de PIS/Cofins sobre juros sobre capital próprio.

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A Itaúsa, conforme mencionado anteriormente por Setubal, pretende investir na cadeia do agronegócio, que representa 25% do Produto Interno Bruto, embora não possua atuação direta nesse setor. Para isso, considera a necessidade de obter retornos na ordem de 20% devido ao nível atual das taxas de juros na economia.

Ademais, o investimento não pode apresentar tanta volatilidade nos preços das commodities, afirmou o executivo.

A Itaúsa continuará com a estratégia de alongamento da dívida, visando estender os prazos de vencimento até a década de 2030, afirmou Setubal, ressaltando que não antevê a necessidade de realizar amortizações considerando as mudanças tributárias de 2027.

As ações da holding apresentavam alta de 1,65% às 12h34, com preço de R$ 11,10, enquanto o Ibovespa registrava ganho de 1,8%.

Setubal afirmou que o conselho de administração da Itaúsa irá discutir eventual bonificação aos acionistas no final do ano, mas isso depende de votações no Congresso neste semestre que podem impactar a política de incorporação de reservas de lucro.

Setubal respondeu a perguntas sobre empresas específicas do portfólio da Itaúsa, afirmando que a holding não tem intenção de desinvestir da distribuidora de gás de cozinha Copa Energia, mesmo com o anúncio da Petrobras de que pretende retornar ao setor.

Pode influenciar a lucratividade das empresas, afirmou Setubal. “Não está em nossos cenários desinvestir na Copa, mesmo com eventual queda da rentabilidade. A Copa é uma forma de entrarmos no mercado em outras energias. É investimento bastante importante”, disse Setubal.

Setubal declarou que a empresa de saneamento Aegea “possivelmente realizará um IPO em algum momento” quando a janela para ofertas iniciais de ações se abrir novamente.

A empresa está se preparando rapidamente para aproveitar uma oportunidade, caso o valor de mercado corresponda às expectativas da organização.

Setubal afirmou que o Itaú Unibanco possui “espaço muito grande” para melhoria de eficiência e que o banco tem trabalhado para migrar seus softwares para o ambiente de computação em nuvem e para integrar ferramentas de inteligência artificial, tanto internamente quanto para o atendimento dos clientes.

“Planejamos encerrar 2026 em um patamar muito elevado”, afirmou o executivo sobre a estratégia de migração para a nuvem.

Fonte por: CNN Brasil