Duas mulheres disputam a reeleição ao mesmo tempo na Fenaj e no SindJoRS

Duas mulheres disputam simultaneamente a reeleição para liderar, nos próximos três anos, duas entidades de classe relevantes do jornalismo brasileiro: a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS). Samira de Castro e Laura Santos Rocha são as candidatas que lideram as chapas únicas nas eleições. O processo começa às 8h desta terça-feira (15) e continua até as 20h da quarta-feira (16), horário de Brasília, com votação totalmente online. Este é o primeiro caso dessa natureza na história das organizações da categoria.

Laura é a terceira mulher a liderar o desafio de representação nacional dos 31 sindicatos de todo o Brasil, após os mandatos de Beth Costa e Maria José Braga. A SindJoRS, que completa 83 anos em 2025, também é representada pela terceira representante feminina, sucedendo aos mandatos das jornalistas Vera Spolidoro, eleita em 1986 e reeleita em 1989, e Vera Daisy Barcellos, que concorreu em 2019.

As eleições da Fenaj, do SindJoRS e das Comissões Nacional e Estadual de Ética serão realizadas por meio de urnas virtuais. Mais de 9 mil jornalistas sindicalizados e em dia com a contribuição sindical em 30 de junho de 2025 estão aptos a votar, conforme informa a Comissão Nacional Eleitoral (CEN). No Rio Grande do Sul, cerca de 500 profissionais, entre ativos e aposentados, compõem o colégio eleitoral.

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Etapas do processo eleitoral

Em 14 de maio, cada eleitor receberá por e-mail uma mensagem contendo link para a votação, login (o e-mail registrado) e senha gerada aleatoriamente. Durante o processo, será possível votar inicialmente na chapa da diretoria da Fenaj ou optar por voto em branco ou nulo, além de escolher até cinco nomes da lista de candidatos à Comissão Nacional de Ética. Após concluir, o sistema enviará um comprovante de votação para o e-mail do eleitor.

Se o eleitor não receber a mensagem por e-mail, mas tiver número de celular cadastrado, os dados serão encaminhados via WhatsApp. Os jornalistas que não possuem nenhum dado de contato atualizado junto ao sindicato deverão procurar suas entidades durante os dias da eleição. A orientação da CEN é garantir, na medida do possível, o direito ao voto de todas e todos que estejam em condições regulares.

Os sindicatos receberam orientações para disponibilizar computadores com acesso à internet em suas sedes, permitindo que os eleitores exerçam seu direito com assistência técnica, quando necessário. No caso do SindJoRS, a Comissão Eleitoral Estadual estará presente na sede da entidade – localizada na Rua dos Andradas, 1270, 13º andar, em Porto Alegre – durante todo o processo eleitoral, das 10h às 18h, nos dois dias de votação.

A presidente da Fenaj, Samira de Castro, destaca a relevância da mobilização da categoria. “É fundamental que todos e todas os jornalistas sindicais exerçam seu direito ao voto”, afirma. “A eleição da Fenaj define os rumos da nossa luta nacional em defesa do jornalismo, da democracia e dos direitos da categoria”.

Laura Santos Rocha, presidente do SindJoRS, ressalta os desafios enfrentados nos âmbitos estadual e nacional. “Tanto aqui em nosso Estado quanto em nível nacional, temos importantes lutas como a PEC do diploma, a qualidade da informação, o combate às fake news e a luta pela democracia contra a barbárie. Lutamos pela dignidade do exercício profissional, por um ambiente saudável de trabalho e por uma justa remuneração. Essa luta é de todas e todos, e cada uma e cada um são fundamentais.”

As candidaturas lideradas por Samira e Laura se encontram, respectivamente, na Chapa 1 – Fenaj em luta: pelos jornalistas, por direitos e democracia! e na Chapa 1 – Coragem: nós podemos mais!

No plano de ação, destacam-se propostas como o reajuste salarial digno, o combate à precarização do trabalho jornalístico, a defesa da obrigatoriedade do diploma, o enfrentamento aos assédios nos ambientes de trabalho, a regulação das Big Techs, o financiamento público do jornalismo, a liberdade de imprensa como direito do povo e o fortalecimento dos sindicatos.

Fonte por: Brasil de Fato