Venezuela afirma capturar “mercenários” ligados à CIA em operação

Venezuela Alega Capturar Grupo Mercenário Ligado à CIA

A Venezuela anunciou, em comunicado divulgado no domingo (26 de outubro de 2025), a captura de um grupo de “mercenários” com ligações à Agência Central de Inteligência (CIA). O anúncio detalhou que a operação ilegal foi planejada por este grupo em águas próximas a Trinidad e Tobago, no nordeste do país.

Segundo o governo Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido Venezuelano – PSUV), o grupo mercenário preparava um “ataque de falsa bandeira” no mar do Caribe. O comunicado afirma que o grupo, vinculado à CIA, pretendia atacar uma embarcação estrangeira utilizando a bandeira venezuelana, o que poderia levar a um confronto militar total contra o país.

Em 15 de outubro, o jornal norte-americano The New York Times revelou que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), havia autorizado operações secretas da CIA para derrubar Nicolás Maduro. Trump confirmou a atuação da agência de inteligência e não descartou investidas militares por terra.

Desde agosto, os Estados Unidos já realizaram 10 ataques a embarcações – a maioria venezuelanas – no mar do Caribe, sendo alegadamente utilizadas no tráfico internacional de drogas. Os norte-americanos também realizam exercícios militares conjuntos com Trinidad e Tobago, o que o governo Maduro classifica como uma “provocação hostil” contra o país e “uma grave ameaça à paz no Caribe”.

O USS Gravely, um contratorpedeiro da marinha norte-americana, realiza os treinamentos com a TTDF (Força de Defesa de Trinidad e Tobago) desde domingo (26 de outubro). O plano é que os exercícios continuem sendo realizados até quinta-feira (30 de outubro).

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A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar (UNC, direita), declarou apoio a Donald Trump e às operações que o presidente norte-americano tem realizado no Caribe.

O governo de Trinidad e Tobago afirmou, em comunicado publicado por seu Ministério das Relações Exteriores no domingo (26 de outubro), que “a visita do USS Gravely visa reforçar o combate ao crime transnacional e construir resiliência por meio de treinamento, atividades humanitárias e cooperação em segurança”.

A investida de Donald Trump no mar do Caribe tem a Venezuela como principal alvo, sob justificativa de combate ao tráfico de drogas. O presidente norte-americano também investe contra a Colômbia, outro governo sul-americano governado pela esquerda, tendo atacado um barco colombiano que, segundo os EUA, seria de uma guerrilha ligada ao narcotráfico.

O presidente Gustavo Petro (Colômbia Humana, esquerda) afirma que as pessoas mortas nos ataques norte-americanos aos barcos no mar do Caribe são “trabalhadores”. Ele foi alvo de sanções dos EUA em 24 de outubro.