A ex-ministra do Trabalho do Chile, Jeannette Jara, de 51 anos, obteve, no domingo, 29 de junho de 2025, a vitória nas primárias da coligação governista com 60% dos votos. Com a vitória, a política do Partido Comunista do Chile (esquerdista) concorerá à eleição presidencial de novembro como sucessora de Gabriel Boric (Frente Amplia, esquerda).

Jara superou Carolina Tohá (28%), Gonzalo Winter (9%) e Jaime Mulet (2,7%). A legislação chilena não permite a reeleição, por isso a coalizão convocou a eleição interna.

Esta é a primeira vez que o Partido Comunista lidera uma aliança ampla de esquerda na corrida presidencial. Jara ganhou visibilidade ao implementar a redução da jornada de trabalho de 45 para 40 horas e liderar a proposta de reforma de pensões.

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Nascida em um bairro carente de Santiago, a capital do país, Jara é formada em Direito e foi presidente da federação de estudantes da Universidade do Chile antes de iniciar sua carreira política.

Primárias

A participação nas eleições primárias foi baixa, com cerca de 1,4 milhão de eleitores, um número inferior aos 1,7 milhão registrados em 2021. Analistas consideram que essa baixa adesão representa um desafio para a candidatura do governo.

A oposição ainda não realizou suas primárias. Os candidatos têm até 18 de agosto para se registrar. O 1º turno da eleição está marcado para 16 de novembro e, se necessário, o 2º turno será em 14 de dezembro.

Atualmente, Jara está diante do desafio de unir a centro-esquerda e concorrer com os candidatos mais bem colocados nas pesquisas: José Antonio Kast (Partido Republicano do Chile) e Evelyn Matthei (União Democrata Independente), ambos de direita.

Fonte por: Poder 360