Secretário-Geral da ONU promove encontros de caráter urgente em razão dos gastos da Conferência das Partes 30
A principal questão em pauta no encontro é o elevado custo de hospedagem em Belém, decorrente da falta de disponibilidade de acomodações.
A secretária-executiva do Clima da ONU conduziu uma reunião de emergência na terça-feira (29) em razão da preocupação de que os preços das acomodações para a COP30 pudessem excluir os países mais pobres das negociações, segundo diplomatas e um documento visto pela Reuters.
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O Brasil se prepara para receber a Cúpula Climática em novembro, em Belém, capital do Pará, onde diversos governos mundiais se reunirão para discutir seus esforços colaborativos no combate às mudanças climáticas.
As preocupações com a logística estão dificultando os preparativos para a COP30. Os países em desenvolvimento alertaram que não podem arcar com os preços das acomodações na cidade, que subiram significativamente em razão da falta de quartos.
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No terceiro, o Brasil assentiu em responder às preocupações dos países sobre as adaptações e apresentará um relatório em outra reunião no dia 11 de agosto, informou Richard Muyungi, presidente do Grupo Africano de Negociadores, que organizou o encontro.
Muyungi Reuters afirmou que seria retomado o assunto em 11, com o objetivo de assegurar que as adaptações fossem adequadas para todos os participantes.
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Ele afirmou que os países africanos buscavam evitar diminuir sua participação em razão dos custos.
Não estamos preparados para diminuir o número de participantes. O Brasil possui diversas alternativas para organizar um bom encontro do tipo, uma COP adequada. É por isso que estamos insistindo para que o país apresente soluções mais eficazes, em vez de nos pedir para restringir a nossa delegação.
Um outro diplomata, ciente da reunião, afirmou que as reclamações sobre a acessibilidade econômica decorriam tanto de países pobres quanto de países ricos.
A programação da reunião, conforme reportado pela Reuters, indicou que ela foi convocada para discutir os preparativos operacionais e logísticos para a Conferência sobre Mudanças Climáticas em Belém, bem como as preocupações do Grupo Africano de Negociadores sobre o tema.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil não emitiu resposta imediata ao pedido de comentário. As autoridades brasileiras que coordenam o evento asseguraram que os países mais pobres terão acesso a instalações que possam custear.
Hotéis para cruzeiros
O Brasil está buscando ampliar os 18 mil leitos hoteleiros habitualmente disponíveis em Belém, uma cidade costeira de 1,3 milhão de habitantes, para atender às cerca de 45 mil pessoas esperadas para a COP30.
O governo anunciou, recentemente, que assegurou dois navios de cruzeiro para disponibilizar 6 mil leitos adicionais aos participantes. Além disso, foram abertas reservas para países em desenvolvimento com opções de hospedagem a preços diários de até US$ 220.
A quantia ainda excede o auxílio diário que a ONU disponibiliza para países que participam das cúpulas climáticas. Para Belém, o valor é de 149 dólares.
Diplomatas da ONU relataram à Reuters citações de hotéis e gestores de propriedades em Belém com preços de aproximadamente US$ 700 por pessoa, por noite, durante a COP30.
Autoridades de seis governos, incluindo países europeus mais ricos, informaram à Reuters que ainda não haviam assegurado acomodações, e alguns afirmaram que estavam se preparando para diminuir sua participação.
Um porta-voz do governo holandês afirmou que pode ser necessário diminuir sua delegação pela metade em relação às Cops recentes, considerando que a Holanda enviou aproximadamente 90 pessoas durante o evento de duas semanas, incluindo embaixadores, negociadores e representantes da juventude.
O vice-ministro do Clima da Polônia, Chris Bolesta, declarou à Reuters no início deste mês: “Não temos concessões. Provavelmente teremos que reduzir a delegação até o osso”.
Ele afirmou que, em uma situação excepcional, seria necessário não comparecer.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.
