Prefeito de Palmas investigado em operação relacionada a vazamento na Polícia Federal

A Polícia Federal executou três mandados de busca e apreensão e apreendeu dois passaportes.

30/05/2025 11h45

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(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal instaurou, na quinta-feira passada (30.mai.2025), mais uma fase da operação Sisamnes, no Tocantins, com o intuito de apurar suspeitos envolvidos em um esquema de venda de sentenças e de vazamento de informações. A nona fase da operação visa aprofundar as investigações sobre a comercialização de informações sigilosas de investigações da PF.

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De acordo com o G1, uma das pessoas investigadas é o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), cuja passagem aérea foi apreendida. Informações sobre seu envolvimento no esquema não foram divulgadas.

Investigações indicam que os envolvidos teriam obtido informações preliminares sobre operações policiais, prejudicando a efetividade das ações judiciais que seriam realizadas.

Em decisão do ministro Cristiano Zanin, do STF, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra três suspeitos em Palmas (TO). Em dois casos, a polícia determinou a proibição do contato entre os investigados e recolheu seus passaportes, impedindo-os de deixar o país. A decisão que autorizou as buscas está sob sigilo.

O advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO), foi preso em uma fase anterior da mesma operação, em março. A PF investiga se ele estava recebendo tratamento diferenciado na prisão.

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A Power360 solicitou esclarecimentos à Prefeitura de Palmas em relação à operação contra Siqueira Campos, porém, não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.

Na quinta-feira (29/mai), Zanin autorizou a licença de um juiz de 1ª Instância de Mato Grosso sob suspeita de venda de sentenças judiciais. O STF utilizou como fundamento a 8ª fase da Operação Sisames, iniciada no mesmo dia, em Mato Grosso.

O juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, está sendo investigado por possível esquema de lavagem de dinheiro. Foram também cumpridos três mandados de busca e apreensão no estado.

Em novembro de 2024, a Polícia Federal instaurou a operação Sisamnes e executou 24 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão preventiva contra juízes, advogados, empresários e funcionários de tribunais de justiça.

Foram executados mandados contra três servidores do STJ na primeira fase da operação, conforme noticiado pelo Poder360.

A investigação começou com mensagens apreendidas no celular do advogado Roberto Zampieri, falecido em 2023, em Mato Grosso. Em seguida, a Corregedoria Nacional de Justiça instaurou uma denúncia disciplinar contra dois desembargadores do TJ-MT.

A investigação policial foi aberta após suspeitas de que os desembargadores recebiam benefícios financeiros inadequados para decidir casos, em linha com os interesses do advogado falecido.

A Polícia Federal investiga a existência de uma rede de intermediação que envolvia empresários e servidores do Poder Judiciário.

A análise do aparelho celular do advogado revelou um extenso conjunto de diários e discussões entre os participantes, que demonstram negociações fraudulentas. A decisão destaca a ausência de indícios de participação de ministros no STJ.

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.