O Galípolo afirma que o Banco Central demonstra grande insatisfação em relação à inflação que excede a meta

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, enfatizou neste sábado (7) que a autoridade monetária está “muito insatisfeita” com a inflação estar acima da meta de 3%. Ele também reiterou o compromisso de perseguir de forma persistente o objetivo de inflação, ainda que tenha novamente evitado fornecer indicações sobre a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nem em relação ao período em que as taxas de juros permanecerão elevadas.

Galípolo considerou que houve uma evolução nas últimas quatro décadas no controle inflacionário. A inflação, destacou, não está mais em 6.700%, como no passado, mas em 5%, ainda que este nível também traga incômodo.

O presidente do BC destacou que, para preservar a flexibilidade do Copom em cenário de incertezas, a autoridade monetária permanece dependente de informações. Ao relembrar que o Brasil superou a inflação de três dígitos, ele declarou que o BC fará o “esforço que tiver que ser feito” para proteger o valor do real, que é um ativo de grande relevância. “O Banco Central não abrirá mão dessa sua função”, afirmou o presidente do BC.

Ele notou que o Banco Central já realizou o trabalho de adotar uma política monetária restritiva, e, em relação à política fiscal, destacou que a autoridade monetária reage conforme a inflação é impactada pelas incertezas sobre as contas públicas.

O Galvão observou a postura do Legislativo e do Executivo na transformação de uma pauta de ajuste fiscal. “É preciso utilizar esse entendimento para alcançar a implementação das reformas que são imprescindíveis”, declarou o presidente do BC. Ele acrescentou que, em suas conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder do Executivo mostrou “disposição” para discutir o assunto.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carolina Ferreira

Fonte por: Jovem Pan