O Ministério das Relações Exteriores brasileiro condenou, no domingo (22.jun.2025), o ataque dos Estados Unidos contra três instalações nucleares do Irã. De acordo com o Itamaraty, a ofensiva constitui uma “violação da soberania ” do país persa e “do direito internacional”.

Em nota, o órgão afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem “grave preocupação com a escalada militar” no Oriente Médio. Disse também que os ataques militares israelenses e norte-americanos foram transgressões à Carta das Nações Unidas e às normas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Os Estados Unidos entraram no conflito entre Irã e Israel e bombardearam as instalações nucleares de Fordow, Isfahan e Natanz no sábado (21.jun). O Irã confirmou o ataque, mas negou que materiais nucleares tenham sido atingidos. O país persa afirmou que continuaria a executar seu programa nuclear.

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O Itamaraty declarou que o Brasil é a favor do uso da energia nuclear somente para fins pacíficos. “O governo brasileiro rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio”, afirmou.

O governo Lula condenou os ataques mútuos contra regiões densamente povoadas, com o número crescente de vítimas e destruição de instalações civis. “As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear.”

O governo brasileiro manifesta séria preocupação com o aumento da atividade militar no Oriente Médio e condena veementemente ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa uma flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de grande escala.

O governo brasileiro reafirma seu posicionamento histórico a favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita veementemente qualquer tipo de proliferação nuclear, notadamente em áreas com instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.

O Brasil também condena ataques mútuos contra áreas densamente habitadas, que têm causado um número crescente de vítimas e prejuízos a infraestruturas civis, incluindo hospitais, que são particularmente protegidas pelo direito internacional humanitário.

O Brasil reitera seu apelo para que todas as partes do conflito exerçam total contenção, destacando a necessidade premente de uma solução diplomática que interrompa o ciclo de violência e promova negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem causar danos irreversíveis à paz e à estabilidade na região e no mundo, bem como ao regime de não proliferação e desarmamento nuclear.

Fonte por: Poder 360