MPF apura contrato de publicidade no valor de R$ 380 milhões firmada pelos Correios

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para apurar os valores destinados à publicidade dos Correios, conforme noticiado pela revista Veja na quinta-feira (29.mai.2025). Uma licitação em andamento na empresa estatal estima gastos de R$ 380 milhões para um contrato de um ano.

Segundo revelou o Poder360 em 27 de março, três das quatro finalistas do concurso possuem ligações com escândalos passados envolvendo o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A licitação ocorre em um momento delicado para os Correios, financeiramente. A empresa encerrou 2024 com um déficit de R$ 3,2 bilhões, sendo o pior desempenho das estatais desde o segundo ano do governo Lula.

A partir da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, os gastos com publicidade dos Correios retomaram o crescimento, após a gestão anterior não ter renovado os contratos existentes.

O TCU também investiga o contrato de publicidade, a partir de uma representação do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo). Segundo o ministro relator Jhonatan de Jesus, há dúvidas sobre o uso do critério de “melhor técnica” para a escolha dos vencedores da licitação.

Para o TCU, se os Correios tivessem priorizado o “melhor preço” em vez do “melhor técnica”, as propostas dos concorrentes poderiam ser mais econômicas. A área técnica da Corte considera que o modelo adotado pode indicar favorecimento.

A Power360 buscou a estatal para obter esclarecimentos sobre a abertura do inquérito pelo MPF, porém não havia recebido resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestações.

As 4 agências de publicidade finalistas, em ordem de classificação no processo de licitação dos Correios, são:

De quatro das cinco empresas mencionadas – Cálix, Filadélfia Comunicação e Puxe – alguém já esteve envolvido ou citado em um escândalo relacionado ao PT. O processo de licitação encontra-se na fase de análise de recursos das agências desclassificadas, podendo ser prolongado caso algum recurso seja aceito.

Há indícios de irregularidades.

Fonte por: Poder 360