Moraes concede autorização para que deputado do PL visite Braga Netto na prisão
Braga Netto está sendo investigado no STF por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, permitiu que o deputado federal Junio Amaral (PL-MG) visite o general Walter Braga Netto, preso preventivamente no Rio de Janeiro desde dezembro do ano passado, após a operação da Polícia Federal (PF). Braga Netto é investigado no STF por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Júnio Amaral é amigo pessoal de Braga Netto e relata que já estava planejando a visita há alguns meses. “Agora que o STF autorizou, vamos providenciar a ida. Tenho uma consideração muito grande por ele [Braga Netto]. Um respeito muito grande”, declarou o deputado ao Estadão.
Conforme a decisão de Moraes, o encontro se realizará na Vila Militar do Rio de Janeiro, local onde Braga Netto se encontra sob custódia. O ministro determinou que a visita deverá observar as normas e regulamentos da 1ª Divisão do Exército.
Leia também:

Produtores rurais e compradores internacionais se encontram em rodadas de negócios na Expointer

Elevador da Glória causa acidente em Lisboa e deixa pelo menos 20 pessoas feridas

Cesta básica no CRAS: Pegue seu kit de alimentos para o mês de setembro
A reunião ainda não foi agendada. A determinação indica que a visita possui caráter exclusivamente pessoal, sendo proibido o acompanhamento de assessores, seguranças, jornalistas e outras pessoas que acompanhem o deputado.
Junio Amaral não poderá entrar com celular, equipamento fotográfico ou qualquer dispositivo eletrônico. Também é proibido o registro de imagens e áudio no interior da unidade prisional, sob pena de responsabilização.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ministro Alexandre de Moraes, ao julgar o pedido, ordenou que a defesa de Braga Netto fosse informada previamente sobre o requerimento do deputado. Os advogados do general declararam que o militar não se oponha à visita.
Braga Netto concorreu a vice-presidente pelo PL na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O militar foi preso em 14 de dezembro de 2024, em sua residência, situada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução da Justiça. A prisão preventiva foi solicitada pela PF e autorizada por Moraes.
Ao determinar a prisão do general, Moraes declarou que há “fortes evidências” de que Braga Netto colaborou de maneira mais significativa e relevante do que se tinha conhecimento prévio para o planejamento e o financiamento da tentativa de golpe que buscava manter Jair Bolsonaro no poder. A decisão foi tomada com o apoio do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.