O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recusou, na segunda-feira (9), o pedido do tenente-coronel Mauro Cid para que ele não prestasse depoimento aos demais réus do grupo crucial da ação que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Os interrogatórios iniciaram hoje e poderão prosseguir até sexta-feira, dia 13.

De acordo com Moraes, “constitui medida indispensável a presença dos réus nas audiências de interrogatório, sendo um verdadeiro instrumento de preservação do direito à ampla defesa e ao contraditório”.

O juiz ainda declarou na decisão que os acusados não podem determinar antecipadamente como serão conduzidas as apurações.

Os advogados de Cid, Cezar Bitencourt e Vânia Bitencourt, em sua petição, afirmaram que ele, “uma vez que já prestou depoimento, não tendo mais nada a acrescentar ou esclarecer ao Juízo, permanecendo, evidentemente, à disposição para qualquer outro esclarecimento que se fizer necessário”.

Leia também:

Lula elogia Gabriel Galípolo e prevê queda na taxa Selic em breve durante café com jornalistas

Polícia Federal inicia nova fase da Operação Sem Desconto para proteger aposentados do INSS

PF pede autorização para interrogar Jair Bolsonaro sobre cofres no Palácio do Alvorada

Ademais do tenente-coronel, o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), também foi ouvido na segunda-feira.

Ainda precisam ser ouvidos.

Duas advogadas presentes

Ademais de revogar a determinação para com Cid, Moraes proferiu uma decisão favorável a Bolsonaro.

O pedido da defesa do ex-presidente para que o advogado Paulo Cunha Bueno estivesse presente na audiência, acompanhado por Celso Vilardi, foi deferido.

Fonte por: CNN Brasil