Laura Villars Aciona Justiça em Paris para Contestação das Regras da FIA na Eleição Presidencial

Laura Villars Contesta Regras da FIA em Ação Judicial

A pilota suíço-francesa Laura Villars acionou a Justiça de Paris para contestar as normas que a impediram de concorrer à presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) contra o atual presidente, Mohammed Ben Sulayem. A eleição está agendada para dezembro, mas o dirigente dos Emirados Árabes Unidos deve ser reeleito sem oposição para um segundo mandato.

Villars, de 28 anos, anunciou sua candidatura em setembro, mas não conseguiu formar a chapa exigida pela FIA até o prazo de 24 de outubro. Cada candidato precisa indicar um vice-presidente de cada região global da entidade.

Desdobramentos da Ação Judicial

Em um comunicado de 27 de outubro, Villars informou que o Tribunal Judicial de Paris autorizou a convocação da FIA para uma audiência de emergência em 10 de novembro. O advogado de Villars, Robin Binsard, destacou que a Justiça está “levando a sério as falhas democráticas graves dentro da FIA, além de várias violações de seus estatutos e regulamentos”.

A ação judicial recebeu apoio do norte-americano Tim Mayer, ex-comissário que também pretendia concorrer, mas não conseguiu. Mayer criticou o processo eleitoral, afirmando que ele oferece apenas “a ilusão de democracia”. Ele observou que na América do Sul apenas uma pessoa se candidatou ao Conselho Mundial do Automobilismo e na África, apenas duas, todas ligadas ao atual presidente.

Declarações de Villars e Posicionamento da FIA

Villars afirmou que sua iniciativa não é contra a FIA, mas sim em defesa da entidade. “A democracia não é uma ameaça à FIA; é sua força”, declarou. Em resposta, a FIA classificou a eleição presidencial como “um processo estruturado e democrático, que garante justiça e integridade em todas as etapas”.

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A entidade ressaltou que as regras eleitorais não são novas e estão definidas em seus estatutos e regulamentos internos, disponíveis publicamente. Um porta-voz da FIA afirmou que, devido à natureza do processo, a entidade não pode comentar sobre a ação judicial e não fornecerá novos esclarecimentos sobre o assunto.