Índia acusa UE e EUA de prática de duplo padrão em relação ao comércio com a Rússia

O Egito criticou veementemente os Estados Unidos e a União Europeia, alegando que está sendo injustamente alvejado em razão de suas compras de petróleo russo, embora ambos mantenham relações comerciais extensivas com Moscou, notadamente em face da guerra na Ucrânia.

As críticas da Índia surgiram após a nova ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, na segunda-feira (4), de elevar tarifas sobre os produtos da Índia devido às suas compras de petróleo russo, intensificando o conflito comercial entre os dois países.

O Partido Bharatiya Janata (BJP), liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, e o Congresso, principal partido de oposição, manifestaram sua condenação às repetidas críticas de Trump a Nova Delhi na terça-feira (5).

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O Ministério das Relações Exteriores da Índia declarou em comunicado, no final da segunda-feira (4), que “é notável que os países que criticam a Índia estejam, por sua vez, se envolvendo em comércio com a Rússia”.

O ministério afirmou que não se justifica enfatizar a Índia, declarou que a UE realizou 67,5 bilhões de euros (US$78,02 bilhões) em comércio com a Rússia em 2024, incluindo importações recordes de gás natural liquefeito (GNL), atingindo 16,5 milhões de toneladas.

Os Estados Unidos seguem importando hexafluoreto de urânio russo para aplicação em seu setor de energia nuclear, paládio, fertilizantes e produtos químicos. A declaração não apresentou origem para as informações sobre as exportações.

O embaixamento dos EUA e a delegação da UE em Nova Délhi não emitiram resposta imediata a uma solicitação de comentário.

Os Estados Unidos e a União Europeia diminuíram significativamente seus vínculos comerciais com a Rússia após a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Em 2021, a Rússia representou o quinto maior parceiro comercial da União Europeia, com um volume de comércio de bens equivalente a 258 bilhões de euros, conforme dados da Comissão Europeia, órgão executivo da UE.

Fonte por: CNN Brasil