Identifique os acusados no caso da “Abin paralela”
Carlos Bolsonaro indicava alvos e Jair Bolsonaro também teve um papel central, porém não foi indiciado.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou na quarta-feira (18.jun.2025) o fim do sigilo sobre a investigação que apura o uso indevido da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para fins políticos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – a chamada “Abin paralela”.
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A decisão tornou público o relatório da Polícia Federal que lista os indiciados no caso. O documento aponta a existência de uma organização criminosa instalada no interior da Abin. O grupo articulava o monitoramento de adversários políticos, com a produção de dossiês para alimentar uma estrutura ligada ao “gabinete do ódio”.
O documento apresenta os nomes dos investigados organizados por núcleos. Abrange desde políticos de alto escalão até servidores da Abin, policiais federais e militares designados à agência.
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Jair Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, formavam o núcleo estratégico. De acordo com o documento apresentado ao STF, eles estabeleciam alvos de operações ilegais e obtinham vantagens políticas através da estrutura.
Os acusados no caso da “Abin paralela”:
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Bolsonaro, identificado como “01” e principal beneficiário das operações, fazia parte do “núcleo político”, porém não foi indiciado por já ter respondido à ação penal da Petição 12.100/DF. Contudo, sua conduta foi registrada no inquérito para possível responsabilização no futuro.
Investigação
A investigação iniciou-se em março de 2023, a partir de uma reportagem do O Globo que expôs o emprego de um software confidencial pela Abin para vigilância de cidadãos. Posteriormente, a Polícia Federal realizou investigações e análises. O relatório final foi apresentado ao STF em 12 de junho.
Com o sigilo dissipado, os autos foram direcionados à PGR (Procuradoria Geral da República), que terá 15 dias para se manifestar. O sigilo permanecerá restrito a documentos que envolvem dados fiscais e bancários dos investigados.
Segundo Moraes, a divulgação do conteúdo é necessária para evitar interpretações equivocadas e assegurar a integridade da instrução processual.
A revelação da informação ocorreu após uma sequência de divulgações do relatório conclusivo da Polícia Federal, que geraram notícias “confusas, contraditórias e imprecisas”, conforme apontado pelo relator.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.