A ativista Greta Thunberg foi deportada de Israel nesta terça-feira (10.jun.2025) e partiu em um voo com destino à Suécia. A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país, que publicou imagens de Greta entrando no avião em seu perfil no X (antigo Twitter).

Os integrantes da embarcação Madleen, que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, estavam no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, e seriam encaminhados por voos para seus países de origem, conforme comunicou o ministério.

Greta Thunberg acabou de deixar Israel em um voo para a Suécia (via França).

Ministério das Relações Exteriores de Israel (@IsraelMFA) – 10 de junho de 2025

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O ministério afirmou que aqueles que se recusassem a assinar os documentos de deportação seriam julgados por uma autoridade judicial israelense.

Um dos membros da tripulação do Madleen é o ativista brasileiro Thiago Ávila. Nesta terça-feira (10.jun), o Itamaraty confirmou que ele retornará ao Brasil. Uma nota divulgada pelo perfil oficial do ministério no X explicou que Thiago está em Tel Aviv e que funcionários da embaixada brasileira em Israel estão no aeroporto para prestar apoio ao ativista.

A secretária-geral do ministério, a embaixadora Maria Laura da Rocha, recebeu na segunda-feira (10.jun) Lara Souza, esposa de Thiago, no Itamaraty. O encontro foi acompanhado pelas deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Natália Bonavides (PT-RN).

A secretária-geral reiterou o compromisso do Brasil com o Estado da Palestina, reconhecido em 2010, e destacou a relevância da Agência da Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), cuja Comissão Consultiva será presidida pelo país, informou o Itamaraty.

Thiago e Greta estavam a bordo do barco Madleen, acompanhados por outros 10 ativistas. A embarcação foi interceptada por Israel no domingo (8 de jun).

Thiago é ativista e concorreu a deputado federal pelo PSOL nas eleições de 2022. É membro do comitê diretor da Freedom Flotilla Coalition, coalizão internacional que organiza missões marítimas com o objetivo de romper o bloqueio imposto à Faixa de Gaza por Israel. A embarcação Madleen é uma das embarcações que estão sob a responsabilidade da Freedom Flotilla.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a responsabilidade pelo ataque. Declarou que o “grupo de selfies” das “celebridades” está em rota de fuga e afirmou que todos os tripulantes devem retornar aos seus países.

Enquanto Greta e outros tentavam criar uma polêmica na mídia, com o objetivo exclusivo de obter publicidade – e que envolvia menos de um caminhão de ajuda –, mais de 1.200 caminhões de ajuda entraram em Gaza nas últimas duas semanas. Além disso, a Fundação Humanitária de Gaza distribuiu aproximadamente 11 milhões de refeições diretamente para civis, afirmou o ministério.

“Existem formas de fornecer assistência à Faixa de Gaza – elas não incluem postagens no Instagram”, declarou. O ministério afirmou ainda que as doações do navio serão transferidas para Gaza por canais humanitários reais.

Fonte por: Poder 360