Alan Dershowitz afirmou que as informações solicitadas pela Procuradoria Geral dos EUA não incluem os nomes dos clientes do empresário. Leia no Poder360.
O advogado Alan Dershowitz solicitou, neste domingo (20.jul.2025), que o Departamento de Justiça dos EUA fornecesse documentos complementares da investigação sobre o suposto esquema de exploração e tráfico sexual, que teria sido liderado pelo empresário Jeffrey Epstein (1953-2019).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em entrevista à Fox News, o ex-advogado de Epstein declarou que as transcrições do grande júri no caso, divulgadas por um juiz federal após solicitação da procuradora-geral dos EUA, “não contêm o tipo de informação buscada pelos apoiadores do presidente Donald Trump”, incluindo os nomes de ex-clientes do empresário. Aliados do republicano buscam distanciar-se do caso.
Um ex-membro da equipe de defesa de Epstein mencionou que existem diversos nomes de ex-participantes do esquema do empresário que não estão nos documentos divulgados pela Procuradoria. “Eu vi alguns desses materiais. Por exemplo, há um relatório do FBI sobre entrevistas com supostas vítimas em que pelo menos uma delas cita nomes de pessoas muito importantes”, declarou.
As novas transcrições do grande júri foram divulgadas na sexta-feira (18.jul), após o presidente norte-americano Donald Trump (republicano) ordenar na quinta-feira (17.jul) que a procuradora-geral, Pam Bondi, buscasse a liberação de “todos os depoimentos pertinentes” do caso, incluindo os de Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein.
Dershowitz propôs que o governo dos EUA conceda imunidade a Maxwell, para que ela possa depor sobre os crimes.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ela possui todo o conhecimento. É a Pedra de Roseta. Se tivesse recebido apenas imunidade, ela poderia ser compelida a depor, afirmou o advogado.
Maxwell, aos 63 anos, foi julgada em 2021 por envolvimento com o empresário no esquema de tráfico sexual. Está cumprindo pena de 20 anos em uma prisão federal na Flórida. Foi considerada culpada por recrutar e transportar adolescentes para exploração.
Donald Trump tem enfrentado pressão de apoiadores para revelar mais detalhes sobre o caso. Uma pesquisa da Reuters da última semana aponta que 70% dos norte-americanos acreditam que o governo dos EUA está omitindo informações sobre a clientela de Epstein.
No início de 2025, Bondi afirmou que o Departamento de Justiça lançaria materiais complementares sobre o caso, abrangendo “muitos nomes” e “muitos registros de voo”.
No início deste mês, a administração Trump cumpriu sua promessa. Publicou um memorando do FBI e afirmou que não existe uma lista de clientes incriminadores.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.