EUA e Israel avaliam como inaceitáveis as demandas apresentadas pelo Hamas em Gaza
Organização palestina apresentou proposta alternativa com demandas que foram recusadas por Washington e Israel.

O governo dos Estados Unidos e Israel consideraram inaceitáveis as demandas do Hamas em relação à proposta de cessar-fogo apresentada por Washington e aprovada por Tel Aviv.
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O plano contempla um cessar-fogo preliminar de 60 dias, no qual 10 prisioneiros vivos e 18 mortos seriam liberados pelo grupo palestino, em contrapartida à soltura de 125 detentos condenados à prisão perpétua e 1.111 indivíduos detidos desde o início do conflito.
No compartilhamento na rede social X, o enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, Steve Witkoff, declarou que a resposta do Hamas “nos leva para trás”.
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Witkoff também declarou que o grupo deveria aceitar a proposta como ponto de partida para negociações que poderiam iniciar-se sem demora. “A reação foi completamente inaceitável”, afirmou.
Recebi a resposta do Hamas à proposta dos Estados Unidos. É totalmente inaceitável e apenas nos retrocede.
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O Hamas deve aceitar a proposta de estrutura que apresentamos como base para as conversas de proximidade, as quais podemos iniciar imediatamente nesta semana.
Isso é a única…
Escritório do Especial Embaixador para o Oriente Médio (@SE_MiddleEast) 31 de maio de 2025
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou que o Hamas mantém a recusa à proposta e que, por consequência, Israel prosseguirá com sua operação na Faixa de Gaza.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, responsabilizou igualmente o grupo pela persistência do conflito em virtude da recusa em liberar reféns e em se desarmar.
Do lado palestino, o Hamas nega ter rejeitado o plano. Um alto funcionário do grupo afirmou à agência Reuters que a resposta foi positiva e buscava apenas adicionar três emendas.
Ademais, o grupo sustenta que a assistência humanitária deve ser conduzida unicamente pela ONU.
Para o Hamas, a proposta vigente – embora apoiada por Washington e aceita por Israel – não inclui sua principal exigência: o término definitivo do conflito e da ocupação.
Bassem Naim, membro do gabinete político do grupo, afirmou que o documento “perpetua a ocupação e continua a matança e a fome”.
O plano proposto pelos Estados Unidos não assegura o fim definitivo do conflito, apenas declara que o presidente Donald Trump está disposto a continuar as negociações “de boa-fé” até a assinatura de um acordo.
A assistência humanitária chegaria em Gaza após o início do cessar-fogo e seria distribuída por canais previamente combinados, incluindo as Nações Unidas e a Cruz Vermelha.
As negociações em curso, o impasse em relação às demandas do Hamas, colocam em risco os esforços de mediação conduzidos por Estados Unidos, Egito e Catar.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.