O comediante Léo Lins comentou sobre a sentença que o condenou a mais de oito anos de prisão e uma multa de quase dois milhões de reais devido às suas piadas. Em vídeo, Lins descreve a decisão como “pesada” e questiona os fundamentos teóricos utilizados.

De acordo com Léo Lins, um dos pilares da acusação teria sido a Wikipédia, apesar da plataforma ressaltar que não é fonte primária. Ele estabeleceu uma comparação entre a decisão do caso e um julgamento de homicídio, utilizando a enciclopédia online.

A defesa de Léo Lins afirma que a condenação se assemelha a “tráfico ou homicídio”.

Para Léo Lins, a sociedade enfrenta uma “epidemia da cegueira racional“, na qual os julgamentos são conduzidos por meio de emoções. Ele demonstra preocupação com a seriedade da condenação à liberdade de expressão e com a comunidade artística.

O humorista também criticou o fato da sentença, em sua interpretação, negligenciar a diferenciação entre a pessoa e a “persona cômica” interpretada no palco, apesar da existência de “texto, edição, cenário, figurino e palco”, conforme o artista.

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É possível efetuar o arresto da atriz que interpreta a antagonista na novela.

O comediante destaca um ponto da decisão que indica que “mesmo que fosse um personagem ainda há crime”, questionando se isso poderia levar à prisão de outros personagens.

O promotor indagou se ele havia ponderado que indivíduos de grupos minoritários – negros, homossexuais, pessoas com deficiência – que o apoiavam constituíam uma “minoria dentro da minoria”.

Comediantes manifestam apoio a Léo Lins.

Léo Lins declarou ter respondido questionando se o propósito do processo não era o reconhecimento das minorias e se essa “minoria” seria tão pequena a ponto de não merecer consideração, argumentando que, em sua avaliação, havia mais pessoas pertencentes a minorias ao seu lado do que em oposição a ele.

Ela complementa que, “em nome da defesa das minorias”, a juíza teria desconsiderado a opinião dessas minorias.

Fonte por: CNN Brasil