Dólar registra leve queda e encerra o dia em R$ 5,56; Ibovespa atinge seu menor patamar em um mês

A semana se encerra com perdas de 2,62% nos cinco primeiros pregões de junho, enquanto o Ibovespa registra uma queda de 0,67% na mesma semana.

06/06/2025 19:19

4 min de leitura

SP - VENDA DÓLARES / CAI BC - ECONOMIA - Os leilões de dólares realizados pelo Banco Central, injetaram US$ 32,6 bilhões na economia para conter a escalada do dólar em dezembro. As intervenções foram interrompidas em 2025, mas, podem ser adotadas para segurar a cotação da moeda norte-americana, caso o BC ache necessário.
Diante das ofertas de dólares no mercado, o total de dólares em poder do Banco Central caiu US$ 33,3 bilhões (9,2%) em dezembro, de US$ 363 bilhões para US$ 329,7 bilhões. Trata-se do menor valor desde o mês de fevereiro de 2023. 09/01/2025 - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
SP - VENDA DÓLARES / CAI BC - ECONOMIA - Os leilões de dólares realizados pelo Banco Central, injetaram US$ 32,6 bilhões na economia para conter a escalada do dólar em dezembro. As intervenções foram interrompidas em 2025, mas, podem ser adotadas para segurar a cotação da moeda norte-americana, caso o BC ache necessário. Diante das ofertas de dólares no mercado, o total de dólares em poder do Banco Central caiu US$ 33,3 bilhões (9,2%) em dezembro, de US$ 363 bilhões para US$ 329,7 bilhões. Trata-se do menor valor desde o mês de fevereiro de 2023. 09/01/2025 - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O dólar perdeu força no mercado interno na tarde desta sexta-feira (6), encerrando a sessão com leve queda, em torno de R$ 5,56. Esse movimento ocorreu em contraposição à onda global de fortalecimento da moeda norte-americana, que se iniciou pela manhã e se manteve ao longo do dia, após dados do mercado de trabalho nos EUA amenizarem as expectativas de cortes de juros mais drásticos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O real se destacou como uma das poucas moedas emergentes, juntamente com o peso mexicano, em ganhos de espaço. A valorização da moeda brasileira foi apontada como possível fator, com o retorno de certo otimismo em relação ao pacote fiscal em análise no governo. Também houve um movimento de ajustes e obtenção de lucros, considerando que a probabilidade de aumento ainda existente da taxa Selic neste mês dificulta a manutenção de posições compradas em dólar.

O setor financeiro e seu principal concorrente obtiveram ganhos com a valorização do petróleo e o crescimento do otimismo nos negócios, após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre uma reunião entre representantes comerciais americanos e chineses na próxima segunda-feira (9). Na quinta-feira, Trump dialogou por telefone com o líder da China, Xi Jinping.

Com um mínimo de R$ 5,5603, o dólar à vista encerrou o pregão em queda de 0,26% a R$ 5,5698 – menor valor de fechamento desde 8 de outubro (R$ 5,5328). A moeda termina a semana e os cinco primeiros pregões de junho com perdas de 2,62%. No ano, a moeda americana apresenta desvalorização de 9,88% em relação ao real.

Fora dos Estados Unidos, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas, avançou aproximadamente 0,40% no final da sessão, em torno de 99,200 pontos, após atingir máxima de 99,357 pontos. Contudo, o Dollar Index encerra a semana com pequena queda (0,25%). No período, o DXY registra desvalorização superior a 8%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A bolsa de valores é um mercado organizado onde se negociam ações de empresas, títulos de renda fixa e outros ativos financeiros.

O Ibovespa finalizou a primeira semana de junho com queda de 0,67%, mantendo-se negativo nas últimas três sessões e no menor patamar de fechamento desde 7 de maio. Na sessão de sexta-feira, apresentou variação de apenas 0,10%, situando-se aos 136.102,10 pontos.

Assim, a terceira semana também se mantém em baixa, no período iniciado em 19 de maio. Embora tenha sido discreta a correção acumulada neste intervalo – e no qual o índice renovou máxima histórica, no intradia e fechamento, em 20 de maio –, o prosseguimento da leve correção no Ibovespa o coloca agora na mais longa série semanal negativa desde as quatro entre 9 de dezembro e 3 de janeiro passado. No entanto, a série atual sucede seis semanas de avanço, de 7 de abril a 16 de maio. E no ano, o Ibovespa mantém ganho sólido, de 13,15%.

Na sexta-feira, o índice variou de 135.600,86 para 136.889,88 pontos, com abertura em 136.236,37 pontos. O volume de negociações foi de R$ 24,4 bilhões na primeira sessão. As ações com melhor desempenho foram Prio (+3,56%), JBS (+1,93%) e Brava (+1,66%). As que apresentaram maior queda foram Magazine Luiza (-5,57%), Vamos (-5,23%) e Lojas Renner (-4,67%).

Petrobras avançou 1,19% na ON e 0,92% na PN, enquanto Vale ON ficou próximo da estabilidade, em viés positivo (+0,13%). Entre os principais bancos, as perdas do dia ficaram entre 0,06% (Bradesco PN) e 2,38% (Banco do Brasil ON), exceção de Itaú PN, principal papel do setor, que virou no fim e subiu 0,25%, contribuindo para a moderação do ajuste do Ibovespa, ao lado de Petrobras e Vale.

Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta, devido ao renovado otimismo nas negociações comerciais entre EUA e China e à ausência de avanços em relação ao cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia ou a acordo sobre o programa nuclear com o Irã. Esses fatores contrabalegaram as preocupações com o aumento da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Em Nova York, o contrato do WTI para julho subiu 1,91% (US$ 1,21), fechando a US$ 64,58 o barril. E o Brent para agosto, negociado em Londres, avançou 1,73% (US$ 1,13), a US$ 66,47 o barril. Na semana, o WTI teve alta de 6,23% e o Brent, de 6,15%.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carolina Ferreira

Fonte por: Jovem Pan

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.