Crise Hídrica em São Paulo: Nível dos Reservatórios Continua em Queda

O nível de água disponível nos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo segue em declínio, atingindo 19,7% nesta segunda-feira (8 de dezembro de 2025). A situação preocupa autoridades estaduais, que monitoram de perto a redução do volume útil do Sistema Integrado Metropolitano (SIM).

A queda é constante e exige medidas de emergência.

Em 24 de outubro, a Arsesp lançou um plano de contingência com o objetivo de diminuir o consumo. Na época, o nível do SIM já indicava 28,7% de volume útil. Desde então, a empresa, que opera sob a gestão do governador (Republicanos), implementou a “faixa 3” do plano de contingência.

Dentro dessa faixa, a Sabesp reduz a pressão da água por 10 horas diárias. A expectativa é que, caso o nível do SIM caia abaixo de 22,71%, a redução seja estendida para 12 horas. O “volume útil” representa a diferença entre o volume total de água e o “volume morto”, que está abaixo do nível de captação e só pode ser acessado por bombeamento.

A escassez hídrica é resultado da falta de chuvas. As faixas do plano de contingência não são fixas e são ajustadas conforme a avaliação do comportamento do sistema. Atualmente, o plano possui seis faixas, cada uma com um tempo de redução da pressão da água, dependendo do nível do reservatório:

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• Faixa 1 (abaixo de 34,71%): Revisão das transposições de bacia e campanhas de uso consciente da água.
• Faixa 2 (abaixo de 28,71%): Redução da pressão na rede de abastecimento por 8 horas noturnas.
• Faixa 3 (abaixo de 22,71%): Redução de pressão por 10 horas.
• Faixa 4 (abaixo de 16,71%): Redução de pressão por 12 horas.
• Faixa 5 (abaixo de 6,71%): Redução de pressão por 14 horas.
• Faixa 6 (abaixo de -3,29%): Redução de pressão por 16 horas, instalação de bombas e ligações emergenciais.

A mudança de faixa – com o aumento do tempo de redução da pressão – só ocorre se o nível se mantém abaixo do limite por 7 dias consecutivos. Para retornar a uma faixa anterior, com uma redução de pressão mais branda, é necessário que o nível se mantenha acima do limite por 14 dias consecutivos.

O Sistema Cantareira, principal fonte de água da região, já operava com 24,2% de seu volume útil quando o plano de contingência foi implementado, e agora está em 19,7%.