Café enfrenta alta de preços devido a tarifa elevada, produção reduzida e aumento da procura

O mercado internacional aponta para um aumento superior a 30% nos preços do produto no período de agosto.

22/08/2025 19:11

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Café enfrenta alta de preços devido a tarifa elevada, produção reduzida e aumento da procura
(Imagem de reprodução da internet).

O mercado global de café Arábica, que havia se retraído após um recorde histórico em fevereiro, retomou o crescimento com ganhos superiores a 30% no período acumulado de agosto na bolsa ICE, conforme declarado pelo presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) em entrevista à Reuters.

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A taxa de 50% aplicada contra o Brasil, a partir de 6 de agosto, que impede as exportações do maior produtor e exportador para os EUA, “bagunçou” o mercado, dificultando a determinação do limite desse novo movimento de alta.

Em reuniões que tive com o lado americano, fiz valer esta informação, de que a tarifação criou ambiente de incerteza e fez com que o café aumentasse de preço em todo o mundo, e pode não ter um limite… o mercado não consegue ler qual é limite de alta, afirmou Ferreira.

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Os preços do café arábica na ICE, negociados em Nova York, flutuavam em torno de US$ 3,74/libra-peso nesta sexta-feira (22), em comparação com US$ 2,80 registrados no final de julho. Em fevereiro, o contrato atingiu US$ 4,25.

Ferreira apontou que a colheita da safra brasileira de arábica de 2025, que está sendo concluída, apresentou um rendimento 10% inferior ao previsto, e que o gefone de agosto no Cerrado Mineiro deverá diminuir a produção no próximo ano.

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“No entanto, o fator determinante para o aumento se chama tarifação”, declarou o presidente do Cecafé.

A alta do mercado, em grande parte, se deve à incerteza gerada pelas políticas do governo Trump, já que os investidores americanos interromperam completamente as novas compras do Brasil e não forneceram instruções sobre novos embarques.

Os importadores nos EUA, principal consumidor mundial de café, estão buscando o grão em outras origens da América Central e da Colômbia, porém, estão encontrando preços com bônus mais elevados em comparação com os contratos futuros na ICE.

Essa incerteza e insegurança atrai investimentos para compra (na bolsa), e é natural que os fundos também vão entrando comprando, o mercado fica favorável do ponto de vista especulativo, destacou.

Ele também afirmou que o mercado brasileiro de café está apresentando, no presente momento, um aumento substancial e muito acima do esperado na demanda proveniente da Europa e Ásia.

Isso não se deve, necessariamente, a um aumento no consumo na Europa, como observou Ferreira, visto que países como a Alemanha podem estar expandindo importações de café verde para reexportar o produto industrializado para os Estados Unidos, que aplicaram uma tarifa menor aos europeus.

A Europa é um dos principais exportadores de café do mundo, atuando como reexportadora. A Alemanha, em particular, industrializa o café, adiciona valor e o reexporta. Se o Brasil é taxado em 50%, a Europa possui uma taxa de 15%.

O presidente do Cecafê afirmou que “possivelmente há um aumento da demanda da Europa, considerando a possibilidade de reexportação, não da matéria-prima, pois isso é proibido”.

Ferreira afirmou que os principais setores do café possuem fábricas em diversas localidades globais. Ele destacou que essa possível reexportação não se enquadraria em uma “triangulação” para atingir o mercado dos Estados Unidos.

Produto inadequado para o mercado.

Ferreira aponta que o setor exportador enfrenta custos suplementares decorrentes de ajustes contratuais na bolsa e de contratos de câmbio, em razão da solicitação de importadores dos EUA de adiar os envios, aguardando uma intervenção do governo norte-americano para reduzir as tarifas.

Ferreira aponta que o aumento do preço do produto pode influenciar o governo dos EUA a remover ou reduzir a tarifa do café.

A elevação dos preços, conforme afirma Ferreira, representa riscos de perda do principal mercado global, uma vez que o aumento das cotações incentiva o plantio em outras regiões, podendo ser desfavorável para o país a longo prazo.

Ferreira considerou que o produtor de café brasileiro está fortalecido pelos altos preços do produto, que se repetem precocemente no ano, e tem adotado prudência nas operações comerciais, diante da instabilidade dos valores.

Brasil exporta petróleo, café e aeronaves para os Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil

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