A AySA foi incorporada na legislação básica, sancionada no ano anterior, que contempla um conjunto de medidas de ajuste econômico e uma relação de empre…
O governo da Argentina iniciou nesta sexta-feira (18) o processo de privatização da empresa estatal AySA, responsável pelo fornecimento de água e saneamento em Buenos Aires e em parte de sua periferia, que atende a cerca de 11,2 milhões de pessoas.
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A privatização está inserida no programa econômico do presidente da Argentina, Javier Milei, que diminuiu a inflação anual de 211% em 2023 para 118% em 2024 e obteve superávit nas contas públicas desde 2010, devido à redução dos gastos públicos e ao ajuste fiscal.
A AySA foi incluída na “lei de bases”, aprovada no ano anterior, que compreende um pacote de reformas econômicas e uma lista de empresas estatais sujeitas à privatização, das quais várias já passaram pelo processo.
“A privatização da empresa permitirá modernizar o setor e aprimorar o preço e a qualidade do serviço”, declarou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa.
O processo envolverá a incorporação de capital privado por meio da transferência de 90% das ações da empresa, que atualmente estão nas mãos do Estado, conforme foi explicado. Serão realizadas “uma licitação pública nacional e internacional” para selecionar um novo operador da companhia e, concomitantemente, “uma oferta pública inicial para abrir o capital da empresa a outros investidores”, acrescentou Adorni.
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O porta-voz também destacou que a proposta mantém os funcionários da empresa como acionistas, com 10% do capital social da companhia.
A AySA conta com 6.202 funcionários, conforme informações oficiais. Não foi especificado se haverá reduções de pessoal em decorrência da privatização.
A empresa, com base em sua concessão de 1993 à companhia francesa Suez e outros sócios minoritários, retornou ao controle estatal em 2006, sob o governo de Néstor Kirchner (2003-2007), após a rescisão do contrato.
Desde a sua reestatização, a AySA recebeu aportes do Tesouro Nacional argentino de 13,4 bilhões de dólares (R$ 74,3 bilhões, na cotação atual) até 2023, segundo Adorni. Em 2024, a empresa obteve superávit pela primeira vez desde 2007.
Com informações da AFP
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.