A jovem de 17 anos, detida em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, após admitir ter adicionado arsênico a um bolo de pote que causou a morte de Ana Luiza de Oliveira Neves, declarou sentir “muita vergonha e peso na consciência por todo o mal que provocou”.

A CNN obteve o relato da adolescente perante a Polícia Civil. A jovem admitiu ter combinado óxido arsênico, substância química extremamente tóxica que pode levar à morte, com um brigadeiro de chocolate feito em casa e adicionado à receita de bolo adquirido em uma confeitaria. Ela afirmou que não pretendia provocar danos graves, mas sim que as vítimas experimentassem sintomas desagradáveis, como enjoo.

A declaração da adolescente detida em Itapecerica da Serra detalha aspectos alarmantes sobre os casos de envenenamento. Ela admitiu ter adicionado arsênio ao bolo em potes que causou a morte de Ana Luiza de Oliveira Neves.

De acordo com o documento de declaração, não se pretendia que ocorresse um dano significativo, mas sim que as vítimas apresentassem sintomas graves, como vômito. A adolescente obteve o arsênio pela internet por R$ 80 e pagou R$ 5 por cada entrega realizada por meio de aplicativo de motoboy.

A polícia constatou que Ana Luiza não foi a única vítima. Anteriormente, em 15 de maio, uma adolescente de 17 anos também foi envenenada da mesma maneira, ao receber um bolo através de um aplicativo de entrega.

Leia também:

Enel pode perder concessão em São Paulo se não cumprir exigências do MME, alerta governo

Prefeitura de São Paulo notifica Uber e 99 sobre aumento abusivo de preços das corridas

Caseiro Osmar dos Santos Amaral é preso por feminicídio da esposa em São Paulo e foge para SC

O primeiro indivíduo desmaiou e necessitou de assistência médica, porém se recuperou. Segundo a suspeita, o primeiro ato também foi motivado por ciúmes relacionados a namorados.

A jovem detida relatou ter adquirido o cianeto na internet por 80 reais e investido 5 reais na entrega do bolo por meio de aplicativo.

A investigação é conduzida pela Polícia Civil de Itapecerica da Serra. O Ministério Público autorizou a apreensão e a adolescente será acompanhada pela Vara da Infância e Juventude. Ana Luiza, caracterizada por colegas como “doce, gentil, sorridente e simpática”, foi sepultada na terça-feira (3).

Fonte por: CNN Brasil