A gestão fiscal representa um grande desafio para o Brasil, afirma o diretor executivo da AtlasIntel

Uma pesquisa recente da AtlasIntel indicou que 70% dos entrevistados avaliaram como um erro a decisão do governo federal de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Apenas 23% concordaram com a medida, e 6% não souberam responder.

Andrei Roman, diretor executivo da AtlasIntel, analisou os resultados da pesquisa e suas consequências para a economia do Brasil. Ele afirmou que o aumento da Taxa Operacional Básica (IOF) representa um dos momentos mais críticos do governo até o momento, gerando dúvidas sobre a estratégia que o motivou.

Roman defende que a prática pode estar ligada a uma lógica de gastos com fundo eleitoral. “A intenção de arrecadar recursos suficientes para influenciar as perspectivas de reeleição no próximo ano”, explica o diretor, destacando que essa conduta não é restrita ao governo em exercício.

O especialista aponta que governos anteriores também adotaram medidas semelhantes, gerando desafios para administrações subsequentes em relação ao equilíbrio fiscal. Essa dinâmica, segundo Roman, prejudica a economia de diversas maneiras: “Isso afeta bastante a economia, principalmente prejudica a capacidade do Banco Central de combater a inflação, prejudica os investimentos que deveriam chegar ao Brasil”.

Roman destaca que a questão da responsabilidade fiscal configura-se como um desafio cada vez maior para o Brasil. O padrão de gastos elevados a cada quatro anos, impulsionado por interesses eleitorais, gera um “legado amaldiçoado” para o próximo governo em relação às finanças públicas.

Apesar da revogação parcial da medida, o diretor executivo da AtlasIntel acredita que o episódio gerou um clima negativo no mercado financeiro e uma impressão, possivelmente mais ampla, sobre a questão econômica. Essa percepção negativa pode ter consequências de longo alcance na confiança dos investidores e na estabilidade econômica do país.

Fonte por: CNN Brasil