A rede social X (anteriormente Twitter) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reverta a ordem de bloqueio dos perfis da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na plataforma. A empresa requer que o ministro reconsidere a decisão ou encaminhe o caso para análise no plenário do Supremo Tribunal Federal. Caso o STF mantenha a restrição, a X propõe a remoção apenas de publicações específicas, e não das contas inteiras, ou que o tribunal estabeleça um prazo máximo para a suspensão dos perfis. A plataforma alega que o bloqueio completo é desproporcional. “A manutenção da ordem de bloqueio integral das contas @Zambelli2210 e @ZambelliRita_acabaria por atingir não apenas aquele conteúdo tido por ilícito, como também outros que podem ser considerados lícitos e que, são protegidos pela liberdade de manifestação e de informação.”

Moraes ordenou o bloqueio dos perfis da deputada nas redes sociais na mesma decisão que decretou sua prisão preventiva. “Lamentavelmente, o intento criminoso de Carla Zambelli permanece ativo e reiterado, insistindo a condenada – mesmo que de modo atabalhoado e confuso – na divulgação de notícias fraudulentas, no ataque à lisura das eleições e nas agressões ao Poder Judiciário”, justificou o ministro. Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, e à perda do mandato pela invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena não começou a ser cumprida porque há recursos pendentes. O primeiro deles foi rejeitado por unanimidade na semana passada.

Dez dias após a sentença, ela deixou o Brasil, seguindo para os Estados Unidos. Atualmente, a deputada afirma se encontrar na Itália. Por determinação de Moraes, o nome de Carla Zambelli foi adicionado à lista de alerta vermelho da Interpol, para foragidos internacionais. O ministro também ordenou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública inicie os procedimentos para a extradição da deputada.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

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