Vídeo da cela de Epstein foi editado pelo governo dos EUA, aponta publicação

A análise da Wired aponta que o arquivo divulgado pelo Departamento de Justiça possui cerca de 3 minutos de filmagem excluídos.

16/07/2025 13:39

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Vídeo da cela de Epstein foi editado pelo governo dos EUA, aponta publicação
(Imagem de reprodução da internet).

Em reportagem publicada na terça-feira (15.jul.2025), a revista norte-americana Wired identificou que o vídeo com imagens do exterior da cela de Jeffrey Epstein, divulgado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation) e pelo Departamento de Justiça dos EUA, teve quase 3 minutos removidos. A publicação especializada em tecnologia fez a descoberta após análise forense do material. O vídeo foi divulgado pelo governo em 7 de julho de 2025.

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Segundo a Wired, o arquivo de quase 11 horas que mostra o exterior da cela onde Epstein foi encontrado morto não está em seu formato original, contrariando afirmações do FBI. A revista publicou sua primeira análise técnica 4 dias antes da reportagem, revelando que o arquivo provavelmente foi criado a partir da junção de 2 filmagens diferentes, utilizando o software Adobe Premiere Pro.

Em publicação na terça-feira (15.jul), a Wired apresentou novos detalhes técnicos, indicando uma discrepância de 2 minutos e 53 segundos entre os arquivos originais e o material divulgado pelo FBI, o que sugere a exclusão de parte da filmagem.

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O caso do bilionário provoca tensões na base de apoio do governo Trump. A morte de Epstein “oficialmente por suicídio” gerou diversas teorias que sugerem um possível assassinato, orquestrado por pessoas influentes que desejariam ocultar suas conexões com o esquema de exploração sexual de menores operado por ele. O financista mantinha relações com integrantes da elite política, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton (democrata), o príncipe Andrew, da Inglaterra, e o atual presidente norte-americano, Donald Trump (republicano).

As teorias fortaleceram-se ao longo dos anos, com apoio de figuras notáveis do núcleo trumpista, incluindo o atual diretor do FBI, Kash Patel, e a secretária de Justiça, Pam Bondi. Ambos reiteraram que, se tivessem acesso ao poder, divulgassem a chamada “lista de Epstein”, um suposto documento que listaria os clientes envolvidos no esquema do magnata.

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Contudo, em 7 de julho, o FBI e o Departamento de Justiça, sob a liderança de Patel e Bondi, divulgaram publicamente que tal lista não existe e que todas as evidências apontam para que Epstein tenha morrido por suicídio.

A publicação do vídeo pelo FBI ocorreu como uma tentativa de desmentir teorias conspiratórias. A agência declarou que as imagens, presumivelmente inalteradas, exibem o exterior da cela de Epstein no Centro Correccional de Manhattan na noite de sua morte.

Especialistas consultados pela Wired declararam que não é possível determinar o motivo da edição do vídeo, enfatizando que não há evidências de que tenha sido realizada com má intenção. A falta de explicações do Departamento de Justiça sobre as alterações identificadas tem gerado novas especulações sobre o caso.

Jeffrey Epstein foi preso em julho de 2019, sob acusações de tráfico humano e abuso sexual de menores. Ele faleceu em uma prisão de Nova York cerca de um mês após sua detenção, durante o processo judicial.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.