Valdemar Costa Neto critica multa de R$ 23 milhões ao PL após questionamento das urnas
Líder partidário declara que a cobrança foi imprópria e rejeita o emprego de recursos públicos; o Tribunal Superior Eleitoral identificou litigância abu…

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, criticou veementemente a multa de R$ 23 milhões aplicada à legenda pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o questionamento dos resultados das eleições presidenciais de 2022. Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), Valdemar afirmou que a ação foi fundamentada em relatórios técnicos produzidos por empresas contratadas com recursos próprios do partido. “Levamos uma multa de R$ 23 milhões por causa desse questionamento. Quero deixar claro que todos os contratos foram pagos com recursos do partido, de arrecadação, não com dinheiro público”.
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A ação proposta em novembro de 2022 apontava supostas inconsistências nos modelos mais antigos de urnas eletrônicas. Contudo, o TSE considerou o pedido infundado, sem provas de fraude ou erro que pudessem comprometer o resultado das eleições, e classificou a iniciativa como litigância de má-fé — ou seja, o uso indevido do Judiciário com fins políticos. Como sanção, a Corte aplicou a multa milionária para desencorajar novas tentativas semelhantes.
Em declaração anterior, a Polícia Federal registrou que Valdemar confessou ter sido influenciado por deputados da base aliada e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para que o partido apresentasse o pedido de investigação no TSE. Ele afirmou que a ação foi realizada sem o consentimento dos demais partidos da coligação “Pelo Bem do Brasil”, que inclui PL, Republicanos e Progressistas.
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O presidente do PL também confirmou que o partido contratou, por R$ 1 milhão, a empresa Instituto Voto Legal (IVL) para produzir um parecer técnico com base nos registros das urnas. O relatório indicou que Bolsonaro teria vantagem nas urnas eletrônicas mais recentes, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva teria apresentado melhor desempenho nas urnas mais antigas. A análise, contudo, não apresentou provas de fraude e não foi considerada tecnicamente válida pelo TSE.
Bolsonaro e Valdemar: relação mantida.
Apesar das divergências sobre o questionamento das eleições, Valdemar e Bolsonaro mantêm uma relação política sólida. “Nós temos profundo respeito um pelo outro”, afirmou o ex-presidente sobre sua aliança com o líder do PL, reforçando a parceria em meio aos desdobramentos judiciais da trama golpista investigada pelo STF.
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A legenda permanece o principal reduto político de Bolsonaro, que atualmente está réu por tentativa de golpe de Estado e outros crimes contra o Estado Democrático de Direito. A defesa do ex-presidente também nega qualquer envolvimento com fraudes eleitorais. Espera-se que novos desdobramentos no STF e na Justiça Eleitoral continuem a gerar repercussões para o PL e para Bolsonaro nos próximos meses.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.