Tudo é Justo: O Novo Drama de Ryan Murphy

“Tudo é Justo”, a nova produção de Ryan Murphy, com Kim Kardashian, Niecy Nash e Naomi Watts, está gerando grande repercussão na Hulu. No entanto, essa atenção nem sempre é positiva. Afinal, já se passaram 30 anos desde o lançamento de “Showgirls”, que foi severamente criticado, mas hoje é visto como um clássico do gênero “tão ruim que é bom”.

É possível que “Tudo é Justo” tenha sido intencionalmente mal feito. Na era do hate-watching, produções que são verdadeiramente ruins podem se tornar populares. Essa pode ser a única visão otimista sobre o melodrama jurídico que retrata um escritório de advocacia feminino com uma estética de empoderamento.

Recepção Crítica e Comparações

Lançada em 4 de novembro, a série de 10 episódios foi duramente criticada, alcançando 0% de aprovação no Rotten Tomatoes. O Times of London deu zero estrelas, chamando o programa de “uma ostentação digna do Instagram” em um formato desajeitado.

O The Wrap descreveu como “uma caricatura da visão masculina sobre dramas femininos”.

O USA Today não hesitou em afirmar que “Tudo é Justo, de Kim Kardashian, é o pior programa de TV do ano”. O destaque ao nome de Kardashian nas críticas era esperado, já que sua atuação ao lado de atrizes renomadas como Glenn Close e Sarah Paulson revela sua inexperiência.

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A Fascinação de Ryan Murphy por Kardashian

Ryan Murphy parece ter se interessado por Kardashian antes mesmo de ela estrelar seus projetos. A primeira temporada de “American Crime Story” abordou o caso O.J. Simpson, onde David Schwimmer interpretou Robert Kardashian, pai de Kim. Murphy incluiu as personagens de Kardashian e suas irmãs, mostrando-as assistindo ao julgamento na TV.

Os showrunners, Scott Alexander e Larry Karaszewski, comentaram que queriam destacar o impacto da cobertura midiática e a ascensão da TV reality show na vida da família Kardashian. Hoje, Kardashian se tornou uma figura influente nesse meio, mas a parceria com Murphy não resultou em um projeto convincente.

Críticas e Avaliações do Público

Alison Herman, da Variety, comparou “Tudo é Justo” a uma série não roteirizada, fazendo alusão ao reality show “The Kardashians”. Ela observou que Kardashian não se destacou, pois seu papel não exigia muito. Sua personagem representa estereótipos de mulheres fortes, incluindo cenas constrangedoras.

Esses momentos “instagramáveis” podem ter sido a intenção de Murphy, criando um clássico camp para os dias atuais. Apesar das críticas, as avaliações do público são mistas, mas geralmente mais positivas. Um comentarista no Rotten Tomatoes destacou que a série é uma “demonstração de riqueza e beleza” e que, apesar de algumas cenas, é divertida como uma novela.