Novas Tarifas de Trump Impactam Importações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira, 25, a implementação de novas tarifas a partir de 1º de outubro. A medida visa reduzir a importação de diversos produtos, com o objetivo de proteger fabricantes locais e mitigar o que o governo considera uma “inundação” de produtos estrangeiros no mercado americano.

As tarifas abrangem uma variedade de itens, incluindo medicamentos com uma taxa de 100%, armários de cozinha e banheiro com 50% de taxa, mobiliários estofados com 30% e caminhões pesados com uma taxa de 25%. Essa estratégia busca fortalecer a indústria nacional e garantir a competitividade das empresas americanas.

Exceções para Fabricantes de Medicamentos

Uma exceção importante foi estabelecida para farmacêuticas que estejam construindo fábricas nos Estados Unidos. Para se qualificar para a isenção de tarifas, a construção deve ter iniciado, conforme definido como “início das obras” ou “em construção”. Essa medida visa incentivar o desenvolvimento de produção local de medicamentos.

A Associação de Pesquisa e Fabricantes de Produtos Farmacêuticos expressou preocupação com as tarifas, destacando que, em 2023, 53% dos US$ 85,6 bilhões em ingredientes já eram produzidos internamente. A entidade ressaltou a importância de manter a cadeia de suprimentos global para a produção de medicamentos.

Tarifas em Caminhões: Segurança Nacional

As tarifas também se aplicam a caminhões pesados, com o objetivo de proteger empresas como Peterbilt e Mack Trucks da “concorrência externa desleal”. O governo argumenta que a medida é fundamental para a “segurança nacional”, buscando garantir a saúde financeira e a robustez das empresas de caminhões.

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No entanto, a Câmara de Comércio dos EUA desaconselhou a Casa Branca de impor tarifas sobre caminhões, apontando que grande parte das peças utilizadas na produção provém de países aliados, como México, Canadá, Alemanha, Finlândia e Japão. Essa posição reflete preocupações sobre o impacto das tarifas na cadeia de suprimentos e na economia global.

Disputa Legal e a Lei 232

O governo Trump recorreu à Seção 232 da Lei de Expansão Comercial para justificar a imposição de tarifas. Essa lei permite a taxação de produtos sem o aval do Congresso em casos de ameaça à segurança nacional, sendo utilizada anteriormente para taxar automóveis, cobre, aço e alumínio. O caso chegou à Suprema Corte dos EUA após recurso do Departamento de Justiça, que questionou a autoridade do presidente ao utilizar a lei em circunstâncias não emergenciais.