Trump carece de vigor e o suco de laranja brasileiro é a evidência, afirma Krugman
Nobel questiona isenção do produto brasileiro como ilustração dos limites da guerra comercial e indagou se o café está isento.
A renúncia do suco de laranja brasileiro à taxação não possui a força necessária para que Donald Trump avance com a guerra comercial. A avaliação é de Paul Krugman, laureado com o Prêmio Nobel de Economia.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Krugman afirma que Trump “acha que pode dominar o mundo” com as tarifas e a disputa comercial. O economista ressalta, contudo, que o presidente americano “não tem a força necessária”.
Para Krugman, o caso do suco de laranja brasileiro ilustra os limites que os EUA enfrentam. “O governo Trump isentou o suco de laranja – 90% importado do Brasil – de sua tarifa. Claramente, precisamos do que o Brasil nos vende”, afirma o economista.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Trump é um negociador incompetente, facilmente enganado? Talvez. No entanto, Krugman afirma que ele simplesmente não possui a força necessária.
Ele simplesmente não possui o necessário impacto, segundo a citação.
Leia também:
Giorgia Meloni diz “não” ao acordo Mercosul-União Europeia e complica assinatura em Foz do Iguaçu
Emmanuel Macron reafirma oposição da França a acordo comercial com Mercosul
Giorgia Meloni rejeita acordo Mercosul-União Europeia e complica assinatura em 2025
Ademais, Krugman compreende que a falta de crítica a Trump revela que, ao contrário das declarações do próprio, são os consumidores americanos que arcam com as tarifas, e não os exportadores de outros países.
Krugman questiona ainda sobre o café brasileiro – se ele será ou não isento. “O que alguns de nós queremos saber é por que o suco de laranja, sem o qual as pessoas conseguem viver, está tendo uma pausa, enquanto o café, um nutriente absolutamente essencial, não”.
Quanto ao Brasil e à reação brasileira às novas tarifas, o economista questiona se “Trump e seus assessores realmente acreditam que podem usar tarifas para intimidar uma nação de mais de 200 milhões de pessoas”.
O crítico republicano, Paul Krugman, alega que “as exigências de Trump ao Brasil são diferentes do que ele exige de qualquer outro país”. O economista argumenta que as reclamações a europeus ou japoneses são majoritariamente econômicas, e que Trump “vinculou explicitamente as tarifas sobre o Brasil à temeridade do país em julgar Jair Bolsonaro”.
Portanto, Trump é um inimigo da democracia e da responsabilização de aspirantes a autoritários, mas sabíamos disso. Além disso, é totalmente ilegal para um presidente dos EUA usar tarifas na tentativa de influenciar a política interna de outra nação.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.
