Ataque atingiu Deir al-Balah, onde teriam se encontram reféns do Hamas; cidade recebia milhares de palestinos desabrigados.
O Exército israelense avançou, pela primeira vez nesta segunda-feira (21.jul.2025), sobre Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza. Os tanques entraram pelas regiões sul e leste da cidade, onde as FDI (Forças de Defesa de Israel) acreditam que o Hamas ainda mantém reféns sequestrados durante os ataques de outubro de 2023.
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No domingo (20.jul), o Exército israelense ordenou a evacuação da área e anunciou a operação contra militantes do Hamas. Pelo menos 8 casas e 3 mesquitas foram atingidas por bombardeios, resultando em 3 mortes de palestinos e diversos feridos, conforme informações da Reuters.
Deir al-Balah era uma das poucas áreas ainda sem a presença de tropas israelenses e acolhia milhares de palestinos deslocados. O avanço militar obrigou dezenas de pessoas a fugir novamente, desta vez em direção a Khan Yunis, no sul do enclave palestino. As autoridades locais informam sobre superlotação em hospitais, falta de alimentos e aumento de casos de desnutrição.
Fontes militares israelenses indicaram que evitaram operações anteriores na cidade devido ao receio da presença de reféns. Acredita-se que cerca de 20 dos 50 ainda vivos estejam na região. O Hamas já ameaçou matá-los se Israel tentasse um resgate. Apesar do risco, o Exército afirmou que opera com grande força para destruir as capacidades inimigas e a infraestrutura terrorista na área.
Israel e Hamas prosseguem com negociações, com mediação do Catar e apoio dos Estados Unidos, estabelecendo um cessar-fogo de 60 dias e a libertação de reféns. Um representante do Hamas declarou à Reuters que a intensificação da crise humanitária pode comprometer as discussões. Até o momento, não há indicadores de avanço nas negociações informais em Doha.
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A situação humanitária em Gaza persiste em deterioração. No domingo (20.jul), 67 palestinos faleceram ao esperar por caminhões de assistência da ONU (Organização das Nações Unidas). Desde sábado (19.jul), a fome já causou a morte de pelo menos 19 indivíduos, de acordo com o Ministério da Saúde local.
A Agência da ONU para Refugiados Palestinos alertou: “Nas proximidades de Gaza, armazenamos alimentos suficientes para toda a população por mais de três meses. Contudo, não temos autorização para transportar assistência desde o dia 2 de março.”
As autoridades de saúde de Gaza alertam para o risco de “morte em massa” por fome nos próximos dias. O conflito já forçou o deslocamento de quase toda a população do território.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.