Salário mínimo, BPC e emendas se transformaram em armadilha fiscal, afirma Gustavo Loyola

Ex-presidente do Banco Central defende redução drástica dos gastos e emenda constitucional para assegurar a viabilidade da dívida pública no Brasil.

10/06/2025 20:01

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Salário mínimo, BPC e emendas se transformaram em armadilha fiscal, afirma Gustavo Loyola
(Imagem de reprodução da internet).

O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, manifestou forte crítica à política do governo de promover o ajuste fiscal por meio do aumento de impostos.

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Loyola também, em entrevista à CNN Money, mencionou as chamadas “ciladas fiscais” geradas pelo governo, apontando o aumento do salário mínimo acima da inflação e a expansão de programas sociais sem o devido financiamento. Além disso, ressaltou o problema do crescimento das emendas parlamentares e o excesso de vinculações no orçamento brasileiro.

Essa estratégia combinada, para o ex-BC, representa um erro fundamental em um país com uma carga tributária já muito alta.

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Não serve substituir um tributo por outro, pois você passa a impactar um setor específico em vez de outro, afirmou Loyola, argumentando que o Brasil precisa de uma redução significativa de gastos, além de uma reforma constitucional para assegurar a sustentabilidade da dívida pública.

O economista alertou sobre os possíveis impactos negativos das medidas propostas: “Estamos falando de impostos que incidem sobre o crédito, vão afetar o agronegócio, vão afetar o setor imobiliário”.

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Riscos fiscais e compromissos orçamentários

O principal desafio da gestão orçamentária no Brasil reside no excesso de vinculações, segundo Loyola. “Há recursos que precisam ser automaticamente alocados. Assim, não há margem para uma política fiscal mais econômica”.

O ex-presidente do BC propôs uma reforma abrangente no processo orçamentário, indicando a flexibilização ou a eliminação de algumas vinculações constitucionais, sobretudo em períodos de déficit nas contas públicas.

Loyola concluiu afirmando que uma mudança substancial no sistema orçamentário era inevitável: “A mudança virá, porque do jeito que está não vai ficar, ela vai virar por bem ou por mal”.

O economista ainda manifestou otimismo de que essa mudança possa acontecer por meio de um acordo na sociedade, admitindo a necessidade de modificar o sistema atual de compromissos financeiros.

Há uma questão estrutural na economia global, afirma professor.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.