Rogério Marinho afirma que Bolsonaro temia excessos após a derrota

Senador declara que o ex-presidente nunca considerou uma possível crise e estava preparado para uma transição amigável.

02/06/2025 18:27

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Rogério Marinho afirma que Bolsonaro temia excessos após a derrota

O líder da Oposição no Senado e ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo de Jair Bolsonaro (PL), Rogério Marinho (PL-RN), declarou nesta segunda-feira (2.jun.2025) à 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-presidente nunca discutiu uma possível ruptura institucional e estava preocupado em realizar uma transição pacífica de governo.

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Marinho afirmou que, apesar da irritação com a derrota, Bolsonaro estava atento para evitar “exageros”, e que desejava “haver civilidade na transição de poder”. O resultado das eleições favoreceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Houve grande preocupação no presidente para que não houvesse excessos, que houvesse civilidade na transição de poder. Todos estávamos chateados, não esperávamos a derrota. É natural, você quer ganhar, não quer perder. Não é fácil uma eleição da forma que ocorreu. Eu via o presidente preocupado para não haver o bloqueio de rodovias, para que não prejudicasse a vida das pessoas, nada para atrapalhar a economia ou a mudança do comando do país.

Marinho foi admitido como testemunha em favor de Bolsonaro e do general Walter Braga Netto – vice na chapa do ex-presidente em 2022 – no processo penal relacionado à tentativa de golpe de Estado.

Marinho declarou ter mantido contato com o ex-presidente Bolsonaro após as eleições, por meio de reuniões no Palácio do Alvorada, em Brasília, mas que nunca foi mencionado algo relacionado ao episódio.

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O senador afirmou que os assuntos discutidos envolviam o reforço do PL nas eleições municipais e na Câmara dos Deputados, bem como uma análise dos fatores que contribuíram para a perda eleitoral do partido.

O Supremo Tribunal Federal concluiu, nesta segunda-feira (2.jun.), os depoimentos das testemunhas do núcleo 1 da ação penal sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Marinho foi o último a depor.

Foram ouvidas 52 testemunhas, tanto da defesa quanto da acusação. Registraram-se 28 desistências e duas declarações apresentadas por escrito. Os depoimentos foram conduzidos por videoconferência, sem transmissão. A previsão é que as gravações sejam disponibilizadas na terça-feira (3.jun).

Na segunda-feira (9.jun), Bolsonaro (PL) e os demais 7 réus do núcleo 1 serão ouvidos no STF. Os depoimentos iniciarão às 14h e terminarão às 20h.

Fonte por: Poder 360

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.