Correr em declive atrás de um queijo de 3 kg acarreta altas probabilidades de sofrer fraturas ósseas. Trata-se da Cooper’s Hill Cheese Rolling, reconhecida como a corrida mais perigosa e uma das mais absurdas do mundo.

A regra é simples: correr atrás de um queijo Double Gloucester por uma colina de 200 metros, com inclinação média de 45 graus. O primeiro a atravessar a linha de chegada vence. O problema? A descida é tão íngreme que muitos desistem no último momento.

“Você precisa ignorar sua própria segurança”, afirma Chris Anderson, recordista com 23 vitórias. Ele já fraturou o tornozelo ao vencer em 2005, desmaiou ao cruzar a linha em 2007 e ainda assim voltou. “Se cair, levante rápido. Se for devagar, alguém vai te atropelar.”

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A tradição, que pode ter origens pagãs ou ser um concurso de barris (já que cooper significava “fabricante de barris”), remonta a pelo menos 1826. Atualmente, atrai participantes de todo o mundo, como o alemão Tom Kopke e a neozelandesa Byron, vencedores em 2025.

Vídeos exibem corpos voando, rolando e se contorcendo durante a queda. Lesões são garantidas: entorses de 180 graus, concussões e até deslocamentos permanentes de ombros, como o de Flo Early. Em 2023, a vencedora feminina, Delaney Irving, só soube da vitória ao acordar no hospital.

Apesar dos alertas de “participe por sua conta e risco”, o evento prossegue e os locais orgulhosos permanecem. Anderson, agora “aposentado”, pode retornar se o filho de 16 anos decidir competir. “Mas precisa ser rápido. O risco é ser lento e ser atingido.”

“E o queijo? Não gosto. Tem um gosto forte”, admite Anderson. Afinal, ninguém está ali pela iguaria, mas pela adrenalina de sobreviver à descida.

Fonte por: CNN Brasil