Premiê Takaichi sob Ataque: China lança campanha contra Japão por Taiwan

A declaração da primeira-ministra do Japão, da legenda do Partido Liberal Democrata (direita), sobre a possibilidade de uma intervenção chinesa em Taiwan, gerou uma forte reação da mídia estatal chinesa. A líder japonesa justificou que tal cenário daria ao Japão o direito de se defender como autodefesa.

A situação rapidamente se tornou um ponto central de crítica nas publicações da China.

Campanha de Desconstrução da Imagem

Nos últimos dias, veículos de comunicação chineses lançaram uma campanha para desconstruir a imagem da premiê japonesa, apresentando-a como uma figura militarista que poderia levar o Japão a um caminho de ruína. A estratégia envolveu o uso de ilustrações e vídeos, amplamente divulgados em redes sociais ocidentais, como o Instagram e X.

Representações Visuais e Mensagens Críticas

A agência de notícias estatal chinesa, Xinhua, publicou diversas charges que retratam a primeira-ministra Takaichi em situações extremas. Uma das imagens a mostra de mãos dadas com um fantasma vestido com uniforme militar, acompanhado da frase “militarismo” escrita em seu corpo, e caminhando em direção a um fogo.

A Xinhua também divulgou outras representações visuais que enfatizam o perigo de uma ação militar.

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Críticas Diretas da CCTV

A Televisão Central da China (CCTV) intensificou a crítica com a publicação de uma música que a descreve como “sabotadora” e “provocadora”. Em um trecho da música, a premiê é retratada chorando enquanto chamas aparecem sob ela, com a frase “brinque com fogo e você selará seu destino”.

A CCTV também divulgou imagens que reforçam a mensagem de alerta.

Contexto e Repercussão Internacional

A situação se agrava com a publicação, por parte da CCTV, de uma reportagem que relembra crimes de guerra cometidos durante o domínio japonês na Península da Coreia. Esse contexto foi utilizado para envolver a população coreana. O encontro do G20 na África do Sul, que previa uma reunião de líderes dos três países em janeiro de 2026, foi adiado devido à crise, tornando a situação ainda mais tensa.

Impacto Econômico e Reações Governamentais

Em resposta à escalada da crise, o governo chinês suspendeu a retomada de importações de frutos do mar japoneses, paralisou a aprovação de novos filmes nipônicos no mercado chinês e orientou seus cidadãos a não viajam ao Japão. A longa história de tensões entre os dois países, marcada por conflitos e ocupações, continua a influenciar a situação.