Paulo Haddad defende queda de juros e ataca projeções do Banco Central

Paulo Haddad defende redução da Selic; ministro da Fazenda cita fundamentos para cortes de juros em 2025. Banco Central analisa cenário econômico.

04/11/2025 12:35

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(Imagem de reprodução da internet).

Na véspera da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o ministro da Fazenda, Paulo Haddad, afirmou nesta terça-feira (4 de novembro de 2025) que, caso fosse diretor do Banco Central, votaria pela redução dos juros básicos da economia, atualmente em 15% ao ano.

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O colegiado se reunirá na quarta-feira (5 de novembro de 2025) para definir o próximo patamar da Selic. A expectativa predominante é de manutenção dos juros no nível atual.

Haddad defendeu que existem fundamentos para iniciar um ciclo de cortes de juros, durante a cerimônia de abertura do “Bloomberg Green Summit” em São Paulo. Ele destacou que a taxa de juros elevada impacta a capacidade de produção do país.

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O ministro da Fazenda ressaltou que o Brasil apresenta uma situação econômica superior ao que os analistas internos preveem e que o país se encontra em uma posição mais vantajosa em comparação com outros países da América do Sul.

Haddad mencionou indicadores positivos, incluindo a taxa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e a taxa do dólar.

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O ministro apontou que o dólar está abaixo de R$ 5,40, apesar das previsões pessimistas do mercado financeiro nos últimos seis meses.

Haddad espera que a inflação permaneça dentro da meta estabelecida para 2025. O Boletim Focus de segunda-feira (4 de novembro de 2025) indicou que a projeção dos economistas para a taxa do IPCA foi de 4,5%, um ponto percentual acima do teto da meta.

Haddad afirmou que a meta de inflação será atingida ainda em 2025, em vez de 2027, como previa anteriormente.

O Banco Central projetava que a inflação voltaria para o intervalo da meta no primeiro trimestre de 2026.

Haddad enfatizou a necessidade de “razoabilidade”, argumentando que uma política monetária excessivamente restritiva pode se tornar prejudicial.

O ministro mencionou a “teimosia” de agentes financeiros em relação às projeções econômicas, especialmente em relação à inflação. O Banco Central utiliza o Boletim Focus como principal base para suas decisões.

Haddad observou a forte influência de expectativas no mercado financeiro brasileiro.

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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.