Os Houthis afirmam ter disparado míssil em direção a Israel como reação à guerra em Gaza

As FDI (Forças de Defesa de Israel) confirmaram o lançamento e declararam que o projétil foi “provavelmente interceptado”.

28/06/2025 11:27

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Os Houthis afirmam ter disparado míssil em direção a Israel como reação à guerra em Gaza
(Imagem de reprodução da internet).

O grupo rebelde Houthi, do Iêmen, afirmou ter lançado um míssil contra Israel na madrugada do sábado (28.jun.2025). A organização, que conta com o apoio do Irã, declarou que o ataque seria uma resposta à ação israelense contra os palestinos na Faixa de Gaza .

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O porta-voz militar Yahya Saree afirmou, em comunicado, que o ataque atingiu uma “posição inimiga vulnerável” na cidade de Berseba, no sul de Israel – a mesma área onde um hospital sofreu danos parciais há aproximadamente uma semana.

As FDI (Forças de Defesa de Israel) confirmaram o lançamento por meio de publicação no X e afirmaram que as sirenes de alerta foram ativadas. Adicionalmente, declararam que o projétil foi “provavelmente interceptado com sucesso”.

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O governo israelense já ameaçou impor um bloqueio naval e aéreo ao Iêmen caso os ataques do grupo rebelde continuem.

Os Houthis detêm o controle de aproximadamente um terço do território iemenita. Governando a área mais próspera, composta pelas cidades-chave, incluindo a capital Sanaa e a costa do Mar Vermelho.

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No domingo (22/06), o porta-voz do grupo das Forças Armadas Iemenitas, liderado pelos houthis, anunciou sua entrada no conflito ao lado do Irã contra Israel e os Estados Unidos. Segundo informações do Tehran Times, a declaração foi feita pelo brigadeiro-general Yahya Saree.

O Iêmen está oficialmente entrando em guerra (contra os Estados Unidos e Israel). Mantenham seus navios longe de nossas águas territoriais”, declarou Saree. O anúncio representa uma escalada no conflito regional que já envolve vários países do Oriente Médio.

O anúncio ocorreu após ataques dos Estados Unidos em território iraniano, elevando o conflito que iniciou com ataques israelenses em 12 de junho de 2025. Os norte-americanos realizaram, no sábado (21.jun), uma ofensiva contra três instalações nucleares iranianas: Natanz, Isfahan e Fordow.

Mohammed al-Bukhaiti, membro do escritório político dos houthis, afirmou no domingo (22.jun) que a reação do grupo ao ataque dos Estados Unidos contra o Irã seria “apenas uma questão de tempo”. As informações são do jornal britânico The Guardian. Anteriormente, no sábado (21.jun), o setor houthi das Forças Armadas Iemenitas divulgou um comunicado militar condenando os ataques israelenses a Gaza, Líbano, Síria e outros países árabes e islâmicos. No documento, alertava que Israel busca desestabilizar toda a região com total apoio dos EUA.

O brigadeiro-general Yahya Saree não especificou quais ações militares o país pretende contra Israel e os EUA, além do aviso para que embarcações evitem as águas territoriais do Iêmen.

Os houthis também são conhecidos pelo nome Ansar Allah (Partidários de Deus, em árabe). Integram o chamado “eixo de resistência” liderado pelo Irã contra Estados Unidos e Israel.

O grupo surgiu na década de 1990 e ostenta o nome de seu fundador, Hussein al-Houthi (1959-2004). O líder atual é seu irmão, Abdul-Malik al-Houthi. A expansão do grupo ocorreu durante a Primavera Árabe, e em 2014 os houthis assumiram a capital do Iêmen, Sanaa.

Atualmente, dois grupos disputam o controle do Iêmen. O Conselho de Liderança Presidencial, sediado na cidade de Aden, é reconhecido como governo oficial pelos Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e pela maior parte do Ocidente. Já o Conselho Político Supremo, composto pelos houthis e com sede em Sanaa, só é reconhecido como governo legítimo por Irã, Rússia e Coreia do Norte.

As Forças Armadas do Iêmen são divididas em duas partes: uma que responde ao Conselho Político Supremo, liderado pelos houthis, e outra ao Conselho de Liderança Presidencial. Yahya Saree é porta-voz dos militares houthis.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.