A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu à petista a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), de aplicar uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros. Os críticos do governo consideram que a ação é consequência da política externa conduzida por Lula.

Trump comunicou a decisão em carta direcionada a Lula. O republicano menciona justificativas políticas. Ele critica o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando respeitá-lo profundamente e alegando que o processo no STF (Supremo Tribunal Federal) é uma “vergonha internacional”.

Bolsonaro, que está réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado, reagiu ao anúncio de Trump. Em publicação no X (ex-Twitter), ele compartilhou um versículo bíblico, em uma crítica indireta ao governo Lula.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que a responsabilidade pelo aumento de 50% se deve a Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar acrescentou que o presidente “precarizou” a vida dos brasileiros.

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Veja (1min16s):

Lula, a responsabilidade é sua!

Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) – 9 de julho de 2025

O presidente do Novo na Câmara, deputado Marcel van Hattem (RS), afirmou que Lula “não tem outra opção” a não ser negociar com Trump. Ao Poder360, o parlamentar declarou que a taxa é uma medida preocupante, que pode “tornar inviável o setor produtivo”.

Van Hattem defendeu em publicação nas redes sociais que a solução deve partir do Congresso Nacional. “A culpa é do Lula e do STF”, escreveu.

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara de Deputados, deputado Paulo Bilynskij (PL-SP), declarou a este jornal digital que a decisão do norte-americano é “uma reação” à decisão de Lula em “se aliar com ditadores”.

Não há ação sem consequências. Lula persiste em alianças com ditadores e em violações de direitos humanos no Brasil, sob influência do judiciário. Aguarda-se que Lula cesse, declarou.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), também comentou a decisão de Trump.

A responsável pela Lei de Reciprocidade Comercial solicitou “calma e equilíbrio” das instituições brasileiras e assegurou que a diplomacia “cuide dos altos interesses do Estado brasileiro”.

Em entrevista à CNN Brasil, Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, afirmou que Brasil e Estados Unidos possuem uma parceria de longa data e que “seus povos não devem ser penalizados”.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) declarou que a tarifa é uma reação em face da “perseguição” contra Bolsonaro e do “supressão da liberdade de expressão” promovido pelo STF. Alegou que, com maior diplomacia e retração do Judiciário, a sanção poderia ser evitada.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) declarou que a política tarifária imposta por Trump é resultado da política externa “ideológica e amadora” do governo Lula. Acrescentou que o Brasil “pagará o preço” por misturar política com comércio exterior.

Fonte por: Poder 360