Operações de vigilância mais detalhadas necessitariam de agentes no âmbito do condomínio de Bolsonaro, afirma a PF para Moraes

O ministro determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal acompanhe continuamente as medidas protetivas determinadas ao ex-presidente.

26/08/2025 20:11

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(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal declarou ao ministro Alexandre de Moraes, em documento assinado na terça-feira 26, que o acompanhamento efetivo de Jair Bolsonaro (PL) exigiria a designação de agentes para o edifício onde o ex-presidente reside, em Brasília.

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A aparição da PF no sistema do STF ocorreu após Moraes determinar que a Polícia Penal do Distrito Federal acompanhasse em tempo real as medidas cautelares impostas a Bolsonaro. Contudo, aparentemente, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, assinou o documento antes do ministro publicar sua decisão.

A Polícia Federal, ao se manifestar sobre o caso, utilizou a petição encaminhada na segunda-feira, 25, ao STF pela Procuradoria-Geral da República. Nessa ocasião, o órgão sugeriu que o Supremo recomendasse a criação de equipes de resposta em tempo integral para acompanhar as ações contra Bolsonaro.

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A Polícia Federal aponta que a utilização da tornozeleira eletrônica depende de conexão à internet, o que pode levar a ocorrências de falhas.

O monitoramento eletrônico, mesmo com equipes de prontidão em tempo integral, não constitui medida impeditiva à fuga do custodiado, caso este tenha tal intenção, uma vez que tal modalidade é adequada somente partindo-se da premissa de que seria de seu interesse a manutenção dessa modalidade menos gravosa de custódia.

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Em caso de risco de fuga, seria necessário acompanhar in loco e em tempo integral as atividades de Bolsonaro, bem como o fluxo de veículos na residência e de vizinhos próximos.

Contudo, o Procurador-Geral da República havia recomendado que a polícia não invadisse a “esfera domiciliar do réu” nem perturbasse a vizinhança.

A Polícia Federal completou, salientando-se, que tal medida demandaria o recolhimento de diversos servidores para atuarem fisicamente e ostensivamente no condomínio onde se encontra o custodiado, e em seus acessos, não sendo, portanto, viável, data maxima venia, e sob o ponto de vista estritamente operacional, tal atuação com as condicionantes estabelecidas pela Procuradoria-Geral da República.

Andrei Rodrigues declarou ter movido ação perante a Secretaria Nacional de Políticas Penais, e em caso de decisão judicial nesse sentido, haveria o trabalho de agentes da Polícia Penal Federal em coordenação com a Polícia Federal.

Fonte por: Carta Capital

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.