O Brasil deveria seguir o exemplo do Espírito Santo, afirma Casagrande sobre a Margem Equatorial
Governador argumenta pela aplicação de investimentos provenientes do petróleo para o financiamento da transição energética; Espírito Santo definirá R$ 500 milhões.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), propôs que o governo federal institua um fundo para direcionar os recursos provenientes da exploração de petróleo para a transição energética. O Estado, por sua vez, alocará R$ 500 milhões do seu fundo soberano, alimentado por royalties do petróleo, para apoiar energias limpas.
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“Considerando que a exploração do petróleo da Margem Equatorial ocorrerá em algum momento, sugiro que o Brasil faça o que eu estou fazendo. Que se possa utilizar parte da riqueza destinada aos municípios, aos estados e ao governo federal na transição energética e na proteção da floresta amazônica”, declarou Casagrande em entrevista ao Poder360.
Ele argumentou que a estratégia deveria ser empregar a força do oponente (o petróleo) para derrotá-lo. Afirmou que essa via conferiria credibilidade ao governo brasileiro na eventual exploração da Bacia de Campos e Santos. “O mundo inteiro discute financiamento para a transição energética e nós estamos abrindo esse caminho”, declarou o governador.
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O secretário Casagrande declarou: “Somos a única entidade com um fundo soberano capitalizado, utilizando recursos provenientes de royalties de petróleo e da participação especial. Esse fundo possui atualmente R$ 2 bilhões.”
Casagrande avaliou positivamente a Proposta de Emenda à Lei da Segurança Pública do governo federal, que deverá tratar do tema com maior protagonismo. Segundo ele, as dúvidas sobre a possibilidade de interferência da União nas funções dos Estados já foram “sanadas e corrigidas”.
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As organizações crimilares atualmente são internacionais, estabelecem parcerias entre si e com organizações de diversos países. é importante que haja uma padronização de sistemas, uma organização dos dados, que possamos compartilhar informações entre os Estados, e o governo federal pode facilitar isso.
O Espírito Santo apresenta melhorias em seus índices em relação à violência. Em 2025, há redução de 20% no número de homicídios e 57 das 78 cidades não registraram nenhum assassinato em maio. Segundo Casagrande, o maior mérito dessa redução é do programa Estado Presente, criado em 2011, durante seu primeiro ano à frente do Executivo capixaba.
Ao assumir o governo pela primeira vez, o estado era o segundo mais violento do Brasil. Permanecemos nas primeiras posições ao longo da última década do milênio em relação a homicídios. Em 2024, o estado ocupou a 13ª posição.
De acordo com Casagrande, o Espírito Santo está se aproximando de ser um dos Estados mais seguros do Brasil. A chave, para ele, é investir em infraestrutura, tecnologia, contratação e valorização de policiais, além da integração de todas as forças de segurança, sem promover a ideia de que “bandido bom é bandido morto”, mas organizando o sistema prisional, […], respeitando as pessoas e alcançando resultados.
Apesar dos avanços, os dados permanecem negativos em relação à violência de gênero. O Brasil ocupa a 5ª posição com a maior proporção de mulheres vítimas de alguma forma de violência, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Casagrande afirma: “isso ainda é um desafio, porque ainda existem muitas pessoas com o pensamento de propriedade sobre as mulheres”.
O governador declarou que está investindo em delegacias da mulher e em programas de atendimento multidisciplinar voltados para mulheres em situação de ameaça de violência e para homens com histórico de violência, visando a reeducação.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.