O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, recusou nesta terça-feira, 12, o pedido do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Luiz Fernando Corrêa, para encerrar a investigação contra ele no caso denominado “Abin Paralela”.
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Em junho, a Polícia Federal indiciou Corrêa pelas supostas práticas de impedir ou embaralhar investigação, prevaricação e conluio no decorrer do processo. Uma eventual denúncia compete à Procuradoria-Geral da República.
“Considerando que a investigação está em andamento, com várias diligências já realizadas, o arquivamento seria absolutamente prematuro”, escreveu Moraes. A PGR já havia recomendado a rejeição do pedido da defesa. “Ademais, saliente-se que não cabe ao investigado pretender pautar a atividade investigativa”, completou o ministro.
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A acusação sustentou que o indiciamento de Corrêa era “ilegal” e “carente de fundamentação fática”. Dessa forma, buscava o revogamento da decisão do Ministério Federal, o que também não teve sucesso.
A PF indiciou 36 indivíduos após concluir a investigação sobre a espionagem clandestina de opositores do bolsonarismo por meio da Abin. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), embora apontado como beneficiário do esquema, não está na lista, pois já respondeu às acusações na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado.
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De acordo com a acusação, Corrêa agiu para prejudicar as investigações. A defesa rejeita as acusações.
Fonte por: Carta Capital