Lula reafirma o otimismo em relação ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul, ao mesmo tempo em que critica as políticas de Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou nesta 6ª feira (6.jun.2025) o seu otimismo em relação à conclusão do acordo UE-Mercosul. Solicitou ao presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), que ele se prepare para assinar o acordo até o final do ano. A declaração ocorreu no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-França, em Paris.

A visão do chefe do Executivo demonstra carência de sensibilidade política, econômica e de interesses. É isso que precisamos alterar em nosso comportamento. Por isso, estou otimista e informei o presidente Macron que serei presidente do Mercosul e que, antes do término da presidência, ele esteja preparado, pois assinaremos o acordo da União Europeia e Mercosul. É uma necessidade.

O petista utilizou o momento para criticar as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). O norte-americano elevou a taxa de importação de aço e alumínio de 25% para 50%. O Brasil deverá ser um dos mais impactados, considerando que os EUA são os maiores compradores de aço brasileiro e o segundo maior de alumínio.

Lula considerou suas ações como uma tentativa de combater o multilateralismo e fomentar o protecionismo. Afirmou que o mundo não possui um “juiz” nem um “senhor”.

É uma necessidade para a União Europeia, para o Mercosul e para o mundo. Envolve 722 milhões de pessoas, US$ 22 trilhões e é uma demonstração a quem está tentando derrotar o multilateralismo, para que se volte a fazer protecionismo, de que o mundo não quer xerife. O mundo não tem dono. Cada país é soberano. E, de acordo com sua soberania, faz o que quiser sem que nenhum outro país dê palpites, ou imponha a taxação de forma desordenada, a quebrar a harmonia de uma economia que já vinha funcionando bem.

Fonte por: Poder 360