O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, no domingo (1º.jun.2025), que os ataques de Israel na Faixa de Gaza são motivados por “vingança de um governo pela possibilidade da criação de um Estado palestino”. A declaração ocorreu durante o 16º Congresso Nacional do PSB, realizado em Brasília.

Essa guerra não é desejada pelo povo judeu. A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra, o povo de Israel não quer essa guerra. Essa guerra é uma vingança de um governo pela possibilidade da criação de um Estado palestino, disse Lula.

O petista leu integralmente uma nota emitida pelo MRE que repudiou a aprovação de 22 novos assentamentos israelenses na Palestina. A plateia respondeu com gritos de “Palestina livre!”. A nota completa está disponível ao final deste texto.

O Itamaraty declarou que a aprovação dos assentamentos configura ilegalidade flagrante no direito internacional e contrasta diretamente com o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a permanência de Israel no território palestino ocupado e concluiu que o país tem a obrigação de cessar imediatamente qualquer nova atividade em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores daquele território.

Ao concluir seu discurso, Lula reiterou que a ação de Israel constitui um genocídio.

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Segue a íntegra da nota publicada pelo MRE neste domingo:

O governo brasileiro condena veementemente o anúncio do governo israelense, ocorrido em 29 de maio, da aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território que é parte integrante do Estado da Palestina.

A decisão representa uma flagrante ilegalidade no âmbito do direito internacional, contrariando frontalmente o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a permanência de Israel no território palestino ocupado e concluiu que esse país tinha a obrigação de cessar, imediatamente, quaisquer novas atividades em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores daquele território.

O Brasil condena as reiteradas ações unilaterais do governo israelense, que, ao estabelecerem uma situação equivalente à anexação do território palestino ocupado, prejudicam a implementação da solução de dois Estados.

Reitera seu histórico compromisso com um Estado da Palestina independente e viável, coexistindo em paz e segurança ao lado de Israel, nas fronteiras de 1967, abrangendo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental.

Fonte por: Poder 360