O comediante Leo Lins, com 42 anos, recebeu sentença de 8 anos e 3 meses em regime fechado por proferir discursos de ódio contra minorias. A decisão foi emitida pela Justiça Federal em razão de denúncia do Ministério Público Federal, decorrente de apresentação de 2022, que atingiu 3 milhões de visualizações na plataforma YouTube. Na apresentação intitulada “Perturbador”, o artista tratou de temas delicados, como abuso sexual, racismo e tragédias, incluindo o incêndio na Boate Kiss.

Além da pena privativa de liberdade, Lins foi condenado a pagar uma multa correspondente a 1.170 salários mínimos, acrescida de uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. A Justiça entendeu que as declarações proferidas pelo humorista ocorreram em um contexto de descontração e foram amplamente divulgadas, o que intensificou a situação. A decisão ressaltou que o conteúdo apresentado por Lins fomenta a disseminação de violência verbal.

A juíza federal Barbara de Lima Iseppi destacou que a liberdade de expressão deve ser exercida com respeito à dignidade humana e à igualdade de direitos. A decisão reflete uma preocupação com a responsabilidade que acompanha a liberdade de se expressar, sobretudo em relação a comentários que podem incitar ódio e discriminação. A Justiça, assim, não considera a liberdade de expressão como um “passe livre” para a propagação de discursos nocivos.

Felipe Dantas publicou.

Reportagem elaborada com o uso de inteligência artificial.

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Fonte por: Jovem Pan