Juiz concede liberdade provisória ao empresário com fiança de 25 milhões de reais
O réu sustentou que não dispunha dos meios financeiros necessários para saldar o débito.
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, por meio de medida liminar, a suspensão do pagamento de fiança no valor de 25 milhões de reais, referente a Sidney Oliveira, proprietário da rede de drogarias Ultrafarma.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A desembargadora Carla Rahal, relatora do caso, deferiu um pedido da defesa, alegando que o empresário não possuía condições financeiras para quitar o valor.
Os advogados sustentaram que a fiança elevada ignora as condições financeiras de Oliveira e mistura bens pessoais com os da empresa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ao considerar o argumento, a juíza ressaltou que os fundamentos apresentados para determinar a fiança, incluindo o alto poder econômico do empresário, a gravidade dos atos e um suposto prejuízo provável aos cofres públicos, não se baseiam em evidências concretas e comprováveis.
Não há comprovação objetiva, capaz de refutar o que se fundamenta nesta decisão, da efetiva condição econômica do paciente que autorizou, à luz da legalidade estrita, a imposição de ônus pecuniário dessa magnitude.
Leia também:
Alexandre de Moraes ordena investigação em operação policial letal no Rio
PGR e CNDH cobram detalhes da megaoperação no Complexo do Alemão e Penha
STJ Julga Governador do Acre por Crimes de Fraude e Corrupção
A Justiça determinou a fiança de 25 milhões de reais no momento da soltura de Oliveira, que permaneceu preso provisório na investigação sobre seu suposto envolvimento em um esquema de pagamento bilionário de propina a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado para liberar créditos irregulares de ICMS. O valor precisava ser pago até quarta-feira, 20.
O empresário também precisou usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar noturno e se abster de contato com outros investigados. O Ministério Público paulista solicitou, na quinta-feira 21, a prisão temporária de Sidney Oliveira devido à falta de pagamento da multa.
O diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes, obteve também um habeas corpus para suspender a obrigatoriedade do pagamento da fiança de 25 milhões de reais. Já o auditor fiscal da Sefaz-SP, Artur Gomes da Silva Neto, apontado como líder do esquema, permanecerá preso.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.












