Instituto de Petróleo e Gás manifesta críticas às ações voltadas à captação de recursos

A entidade emitiu aviso sobre a chance de descumprimento de exigências legais em projetos que totalizam R$ 35,2 bilhões.

03/06/2025 21:03

2 min de leitura

Instituto de Petróleo e Gás manifesta críticas às ações voltadas à captação de recursos

O IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) declarou nesta terça-feira (3.jun.2025) que as propostas do governo, que estimam um aumento de arrecadação de R$ 35,2 bilhões com recursos do setor, contêm propostas que “comprometem gravemente a segurança jurídica dos contratos e do ambiente de negócios”. O instituto alerta para a possível falta de atendimento de requisitos legais em medidas como a alteração nas alíquotas de participação especial de contratos existentes e a revisão do preço de referência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Parece que, sob uma perspectiva legal, isso não pode ser realizado. Mesmo medidas que seriam aparentemente benéficas, como leilões, podem ser prejudicadas. Isso é dar um tiro no próprio pé, afirmou o presidente do instituto, Roberto Ardenghy, ao Poder360. Ele acrescentou que “a previsibilidade regulatória é essencial para a atração e manutenção de investimentos de longo prazo em um setor de capital intensivo”.

O IBP argumentou que determinadas ações poderiam ser adotadas para a produção de receitas, “desde que respaldadas pela legalidade e previsibilidade”, como a venda prévia de petróleo não contratado do pré-sal e a realização de novos leilões. “Trata-se de iniciativas que poderiam ser implementadas com o objetivo de atrair investimentos e gerar benefícios para o governo”, declarou, em comunicado.

Os leilões já agendados, como o 5º Ciclo de Ofertas Permanentes de Concessão, previsto para 17 de junho, podem ser afetados, segundo Ardenghy. Até mesmo os das bacias de Santos, Espírito Santo e Pelotas (RS), inclusos no pacote apresentado, poderiam não gerar os recursos esperados aos cofres públicos.

Segundo o presidente do IBP, a maior surpresa na revisão dos preços de referência foi a viabilidade de a mudança entrar em vigor a partir de julho de 2025, sem observância de um período de transição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Toda ação nesse patamar necessita de um período de quarentena de 180 dias. O governo pode realizar modificações na base de cálculo, contanto que observe esse procedimento regulatório, porém, isso não produzirá resultados imediatos.

Ardenghy afirmou que, até o momento da entrevista para esta publicação digital, o governo federal não realizou nenhuma tentativa de diácom o IBP, representante do setor de óleo e gás.

Ele declarou que o instituto reconhece a relevância de um equilíbrio fiscal no país, mas “é fundamental que quaisquer ações considerem a sustentabilidade e a competitividade de um setor estratégico para o Brasil”.

Assim, ele afirma que o instituto está disponível para conversar com autoridades públicas, visando um progresso “forte e duradouro” que esteja em consonância com o “aperfeiçoamento da cadeia produtiva industrial, responsável pela criação de empregos, renda e recursos financeiros para a União, os Estados e os Municípios”.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.