Indivíduo capturado por fornecer acesso a fraudes vendia informações da polícia por 300 reais

Investigadores examinam materiais produzidos por indivíduo que atendia a grande número de pessoas diariamente e mantinha operação gráfica ilegal; Políci…

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(Imagem de reprodução da internet).

Um indivíduo foi detido sob suspeita de comercializar informações de painéis de dados da Polícia Civil de diversos estados, considerados “disponíveis”, por R$ 300, e de advogados do país inteiro por R$ 200.

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul efetuou, na quinta-feira (24), no Espírito Santo, a terceira fase da Operação “Falso Patrono”.

Em informações divulgadas pela CNN, é possível visualizar alguns dos “planos” propostos pelo indivíduo. Além dos painéis de dados, ele mantinha um gráfico clandestino em Vila Velha (ES), onde produzia documentos físicos e digitais, incluindo contas gov.br falsas. Os serviços eram “lançados” em formato de folders, que apresentam personagens da série “Peaky Blinders” e também do grupo famoso de hackers “Anônimus”. Observe as propagandas abaixo:

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Conforme o PCRS, em colaboração com a Corporação Capixaba, era possível visualizar dados pessoais, boletins de ocorrência, informações sobre investigações e outros processos sigilosos nos painéis da polícia. O investigado é considerado peça-chave em um esquema nacional de estelionato virtual, responsável por viabilizar acessos de criminosos a plataformas como PJe, ESAJ, Projudi e eproc, utilizadas no golpe do “falso advogado”.

Além de documentos físicos e digitais falsificados, também era oferecida ativação de contas em aplicativos de transporte. Em um dos folders, é possível ver o seguinte gatilho de marketing: “Não tem habilitação? Não tem EAR? Veículo não está em dia? Ative a conta 99 na sua facial, com seu nome e sua foto de perfil.”

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Também se investiga a possibilidade do homem ter alguma ligação com a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

A hipótese é estudada devido ao fato do suspeito ser chamado de “Sintonia” por outras pessoas. A expressão é utilizada na facção para designar alguém responsável pelas tomadas de decisões.

Compreenda as investigações.

As investigações iniciaram em 2024 após vários advogados do Rio Grande do Sul denunciarem o uso indevido de seus nomes e escritórios em contratos fraudulentos com clientes. A partir dessas denúncias, foram instaurados inquéritos e realizadas duas fases anteriores da operação, com nove prisões e mais de 50 ordens judiciais cumpridas em cinco estados.

O suspeito detido na quinta-feira alegou ter atendido mais de mil pessoas diariamente.

O indivíduo também disponibilizaria material relacionado a fraudes investigadas na Operação Medici Umbra, em São Paulo, que visava o desvio de recursos de contas bancárias de médicos através da invasão de seus sistemas digitais. Observe diálogos que demonstram o esquema.

A parceira do investigado, que já havia sido presa com ele em 2022 durante outra operação em uma quadrilha ilegal, também foi identificada como participante do esquema. Na ocasião, a mulher foi localizada como foragida da Justiça de São Paulo por tráfico de drogas.

Trinta e dois policiais civis participaram da operação nesta quinta-feira. Foram apreendidos celulares e documentos que serão analisados para aprofundar a responsabilização dos envolvidos.

De acordo com a Polícia Civil, o indivíduo é um elo de ligação entre vários grupos criminosos e essencial para a prática de diferentes tipos de fraude online no país.

A Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRCPE/DERCC) do Rio Grande do Sul executou um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Vila Velha (ES).

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.

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